grupos de empreendedores se reunindo em um restaurante
Franquias 20/11/2024

Financiamento coletivo para franquias: como funciona?

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O financiamento coletivo para franquias, chamado de crowdfunding de investimento, é uma das formas de tirar as ideias de expansão do papel e adquirir investidores para o negócio de forma on-line e regulamentada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

São grandes oportunidades que esse modelo de negócio oferece, afinal, se propõe a obter dinheiro para alcançar os objetivos corporativos. A boa notícia é que os números no Brasil mostram que franqueadores e investidores aderiram de vez a essa forma de captação de recursos.

O setor de plataformas eletrônicas de investimentos colaborativos, segundo o Boletim Econômico da CVM, cresceu 5% no segundo trimestre de 2024 e atingiu R$ 466 milhões em captação, o que representa um total maior do que a soma de 2022 e 2023.

Portanto, se você precisa de alternativas para captar dinheiro e expandir seu negócio, continue a leitura e conheça o que é crowdfunding, como funciona e como fazer esse tipo de financiamento em alta dentro e fora do Brasil.

Principais aprendizados deste artigo:

  • O crowdfunding é um modelo de financiamento coletivo que permite a investidores obterem participação societária em franquias, promovendo a expansão ou o início das operações.
  • A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) estabelece regras específicas para as plataformas de crowdfunding, como registros e relatórios periódicos, visando mais segurança nas transações.
  • O financiamento coletivo ajuda as franquias a superarem a barreira de capital inicial, validarem a demanda de mercado e atraírem clientes, além de reduzirem a necessidade de empréstimos.
  • Enquanto os investidores recebem participação societária em troca de seu aporte, 100% da gestão da franquia permanece com o franqueador.

O que é crowdfunding em franquias?

O equity crowdfunding ou crowdfunding de investimento é um modelo de financiamento coletivo para negócios expandirem suas operações.

As plataformas que intermedeiam esse processo entre franquias e investidores seguem um conjunto de regras e normas estabelecidas pela CVM – Comissão de Valores Mobiliários (Resolução CVM 88) e devem ser associadas ao órgão para operar legalmente.

O financiamento colaborativo é feito por pessoas físicas e jurídicas que se interessam por investir em empreendimentos com baixo risco e já bem posicionados no mercado.

Para que serve o financiamento coletivo?

O financiamento coletivo para franquias serve para captar recursos financeiros com foco em sua expansão no mercado, ou seja, na abertura de novas unidades. Porém, muitas marcas usam as plataformas para iniciarem suas operações ou se desenvolverem.

Assim, esse tipo de crowdfunding faz parte da economia colaborativa, uma atividade que permite a variadas pessoas acessarem bens e serviços conjuntamente por meio de doações, trocas, aluguel ou empréstimo. O objetivo é tornar a transação benéfica para os envolvidos.

Os benefícios diretos dos investimentos colaborativos são:

  • superar a barreira de capital inicial;
  • validar a demanda de mercado;
  • gerar interesse de clientes;
  • reduzir a necessidade de empréstimos.

Leia também: Expansão de franquias: as 6 melhores dicas de como realizar!

Como funciona o financiamento coletivo para franquias?

Apesar de o processo ser parecido com qualquer outra forma de financiamento coletivo, o crowdfunding para franquias funciona de forma um pouco diferente. Os apoiadores recebem um percentual da participação societária da empresa em troca do investimento.

Portanto, quem aplica recursos na expansão da franquia não recebe brindes ou mimos. A recompensa é se tornar sócio da marca e receber os lucros.

As plataformas de crowdfunding também ganham um percentual sobre o valor arrecadado. Por isso, um ponto importante na hora de definir as metas financeiras do projeto é: adicione a quantia cobrada pelo site para não arrecadar menos do esperado.

Outro ponto de destaque é que os investidores não atuam na gestão da franquia. O franqueador segue como o responsável pelas operações.

O que diz a nova lei da CVM sobre equity crowdfunding?

Para tornar as transações mais seguras, a CVM atualizou o regulamento sobre financiamento coletivo corporativo. As principais mudanças que afetam os franqueadores e franqueados são:

  • qualquer tipo de sociedade pode participar, inclusive empresas S.A;
  • para captar recursos, o negócio deve faturar até R$ 40 milhões no ano. Para grupos econômicos, até R$ 80 milhões;
  • startups podem levantar capital de até R$ 15 milhões anualmente;
  • as plataformas de crowdfunding precisam ser registradas na CVM;
  • o franqueador precisa emitir relatórios de resultados a cada seis meses, no mínimo.

Como fazer um financiamento coletivo para franquias?

Antes de buscar as melhores plataformas de financiamento coletivo para franquias, é fundamental se preparar. Faça um plano detalhado, com metas, prazos e estimativas de resultados.

A proposta deve atrair investidores, por isso, capriche na coleta de dados e na apresentação do planejamento.

Depois, escolha a plataforma adequada para seu setor de atuação e o público-alvo de apoiadores. Algumas conhecidas são Kria, Eqseed, Captable, SMU, Platta, Kickstarter, Indiegogo e GoFundMe.

Verifique o layout da plataforma para montar uma proposta que explore todos os espaços disponíveis para a campanha de arrecadação. Escreva um conteúdo atrativo e profissional e insira elementos de alta qualidade, como vídeos e imagens.

Com tudo pronto, inicie seu plano de divulgação. Nessa hora, vale tudo: use as redes sociais corporativas e pessoais dos sócios, envie e-mail marketing, faça parcerias estratégicas e até mande mensagens nos grupos da família e dos amigos no WhatsApp.

Continue aprendendo: Sistema de gestão para franquias: é melhor que um ERP?

Exemplos de franquias abertas com crowdfunding

O Emagrecentro, rede de franquias de estética e emagrecimento no Brasil, nos EUA, no Paraguai e na Espanha, além de oferecer o modelo de negócio tradicional ao franqueado, participa de uma plataforma de financiamento coletivo com cotas a partir de R$20 mil e rentabilidade estimada em 25,60% ao ano (2,13% ao mês).

No Canadá, a rede de restaurantes com pratos baseados em plantas, Copper Branch, arrecadou mais de US$ 2 milhões para abrir novas unidades no país. Enquanto a School of Rock, franquia de educação musical, levantou mais de US$ 200 mil para expandir em Londres.

Lembre-se de que, para expandir sua rede de franquias com sucesso, é fundamental contar com um sistema de gestão financeira multiempresas, como o F360 Painel. O software permite gerenciar todas as unidades que usam a plataforma e identificar oportunidades de melhorias em tempo real.

Agende uma demonstração gratuita e veja como funciona na prática!

FAQ – Perguntas frequentes sobre financiamento coletivo para franquias

O que é financiamento coletivo para franquias?

O financiamento coletivo para franquias é um modelo de captação de recursos de diversos investidores por meio de plataformas eletrônicas. Ou seja, o franqueador cria campanhas em sites autorizados pela CVM e arrecada dinheiro para expandir seu negócio. Em troca, os apoiadores ganham participação societária, com recebimento de lucro.

Quais são os benefícios do financiamento coletivo para franquias?

As maiores vantagens do crowdfunding para franquias são conseguir investimentos de diversas fontes, agilizar o processo de expansão e confirmar o interesse do mercado. 

Para os investidores, possibilita aportar valores menores e ainda receber o lucro, além de não precisar assumir responsabilidades e obrigações gerenciais, jurídicas e trabalhistas.

Quais são as principais plataformas de financiamento coletivo?

As principais plataformas de crowdfunding para franquias e outros negócios são: CapTable, EqSeed, Kris, SMU Investimentos, Platta, Kickstarter, Broota e EuSócio.

Como criar uma campanha de financiamento coletivo bem-sucedida?

Para criar uma campanha de sucesso, invista no planejamento e no levantamento de dados para seu plano de negócios. 

Na plataforma, inclua o valor necessário para executar o projeto, faça um esboço do plano de marketing, detalhe como o dinheiro será usado pela marca, liste os benefícios aos investidores (como rentabilidade e lucro atuais) e apresente as projeções de resultados.

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Escrito por:

Henrique Carbonell

CEO & CoFounder at F360 - Franchisee at O Boticário. Formado em Administração de Empresas pela Fundação Alvares Penteado - FAAP e pelo Ibmec Business School / IBMEC - SP.

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