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Finanças 20/12/2023

Margem de lucro: encontre a ideal para o seu negócio!

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Aprender a definir a margem de lucro ideal é indispensável para manter a saúde financeira da empresa a longo prazo. Afinal, o indicador está diretamente associado à rentabilidade do negócio.

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Não basta vender muito e ter um bom faturamento se os custos de produção são elevados e a margem de lucro baixa. Nesse contexto, fica difícil pagar as contas e manter a loja em funcionamento, concorda?

A verdade é que cenários como este que citamos são bastante comuns em nosso país. De acordo com os indicadores econômicos da Serasa Experian, a quantidade de pedidos de falência aumentou 44% no país só no primeiro trimestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano passado. 

Além disso, as solicitações de recuperação judicial subiram 37,6%, principalmente entre grandes marcas.

Os números acima mostram que, frente à instabilidade econômico-financeira do mercado, é fundamental ter uma boa gestão e manter as contas em dia, otimizando o capital de giro. E descobrir qual deve ser a margem de lucro para sua empresa é uma das formas de alcançar os seus objetivos.

Para te ajudar na missão, preparamos este artigo. Leia até o final e confira o que é margem de lucro, tipos, como calcular e dicas para definir a melhor opção para o seu negócio!

O que é margem de lucro?

A margem de lucro é um indicador calculado para avaliar a saúde financeira do negócio. Ela é um percentual sobre o preço de um produto (ou serviço) e representa o lucro obtido pela empresa em cada venda realizada. 

Seu cálculo é feito por meio da subtração das despesas e dos custos operacionais do preço do produto, o que faz com que a margem simbolize a diferença entre os gastos para produzir e colocar à venda uma mercadoria e o seu preço. De modo geral, o que sobrar é o lucro da empresa.

Portanto, o valor deve ser considerado no momento da precificação dos produtos. Afinal, é preciso que haja lucro significativo (dinheiro em caixa!), mantendo as receitas maiores do que as despesas.

Margem bruta x margem líquida x margem operacional: entenda a diferença

A ideia de margem de lucro se divide em três categorias: bruta, operacional e líquida. Entenda seus conceitos e suas diferenças:

  • Margem de lucro bruta: inclui no cálculo apenas os custos relacionados ao produto (custos variáveis que alteram de acordo com o ritmo de produção e as vendas);
  • Margem de lucro líquida: considera, além dos custos do produto, outras despesas (custos fixos), como impostos, folha de pagamento, aluguel, gastos recorrentes para manter a empresa em funcionamento, entre outros;
  • Margem de lucro operacional: mostra como os custos operacionais impactam a lucratividade da companhia. Tais despesas não são relacionadas à produção e à venda dos produtos, como nas modalidades acima. É uma categoria muito usada para avaliar a capacidade de faturamento.

De modo geral, a margem bruta é a rentabilidade obtida diretamente com as vendas, e a margem líquida é o lucro de todo o negócio.

Outra diferença entre os termos é o fato de que a margem bruta é usada para definir os preços de produtos e serviços, a líquida, para medir a saúde financeira corporativa, e a operacional, para analisar a eficiência dos processos e a capacidade de gerar lucro.

Leia também: Quais as diferenças entre rentabilidade e lucratividade?

Como calcular a margem de lucro?

Agora que você entendeu a diferença entre cada tipo, fica mais fácil compreender como calcular a margem de lucro de forma completa. 

Confira a seguir!

Margem bruta

Seu cálculo é feito com a divisão do lucro bruto pela receita bruta da empresa. O objetivo é entender a rentabilidade do negócio e a porcentagem do retorno sobre o investimento feito. 

Em resumo, define o quanto a organização ganha com a venda de suas mercadorias depois de diminuir o valor das despesas.

Logo, o indicador revela como os custos dos produtos afetam a saúde financeira da marca e qual será a precificação ideal.

Sua fórmula é: 

Margem de Lucro Bruto = Lucro Bruto / Receita Bruta x 100

Para visualizar melhor a aplicação da fórmula, veja um exemplo prático:

  • uma empresa de moda infantil teve uma receita bruta de R$50.000;
  • as despesas com as vendas foram de R$2.500 com matéria-prima, R$10.000 com folha de pagamento e R$5.000 com estoque/armazenamento;
  • o lucro bruto é de R$32.500.

Logo, a Margem de Lucro Bruto é:

(R$ 32.500 / R$ 50.000) x 100 = 0,65 ou 65%.

Margem líquida

Para descobrir quanto é o lucro real do negócio, considerando todos os custos e as despesas envolvidos na produção, operação e venda, a margem líquida é calculada pela fórmula:

Margem de lucro líquida (ML) = {[P – (C + D)] / P]} x 100

Sendo que:

  • ML: Margem de Lucro
  • C: Custos
  • D: Despesas
  • P: Preço do produto ou serviço

Como exemplo, imagine que uma loja de sapatos venda uma sandália por R$200. Os custos operacionais diretos são de R$50 e as despesas da empresa, também R$50.

Na fórmula, o resultado da margem de lucro é:

  • ML = {[200 – (50 + 50)] / 200]} x 100
  • ML = [200 – (100)] / 200] x 100
  • ML = (100 / 200) x 100
  • ML = 0,5 x 100
  • Margem de lucro líquida = 50%

Margem de lucro operacional

Seu cálculo revela os resultados operacionais da marca, mostrando a sócios e investidores a capacidade de geração de lucro do negócio ao longo do tempo.

Sua fórmula é:

  • Lucro Bruto – Despesas Operacionais = Lucro Operacional
  • Margem de Lucro Operacional = Lucro Operacional/Receita Bruta

Continue aprendendo: Estratégias de precificação: como escolher o melhor modelo de preços

Qual deve ser a margem de lucro ideal?

Infelizmente, não há uma resposta certa. A margem de lucro ideal varia de acordo com o modelo, o porte e o ramo de atuação da empresa. Estima-se, por exemplo, que o índice ideal para o setor de serviços esteja entre 20% e 30%, o de varejo, entre 15% e 20% e da indústria, entre 8% e 12%.

Porém, os números acima não são regras. É preciso avaliar os custos e o posicionamento da marca no mercado. 

Uma empresa de luxo geralmente tem uma alta margem de lucro, enquanto uma marca para públicos mais massivos conta com uma variação menor. No entanto, neste segundo caso, a quantidade de vendas é maior do que no primeiro.

Logo, ter uma margem de lucro de 20%, por exemplo, pode ser bom ou ruim dependendo dos custos envolvidos, setor de atuação, tamanho do mercado, demanda, preço do produto etc. 

Caso haja muita saída do produto, o valor é viável. Porém, se for um item mais caro e que costuma sair menos, o ideal é repensar seu preço.

Como otimizar a margem de lucro?

A melhor dica para otimizar a margem de lucro e manter a saúde do negócio ao longo dos anos é fazer uma gestão financeira excepcional. A prática inclui o uso de bons sistemas que coletam, integram e analisam dados, permitindo acompanhar a evolução da receita e dos gastos.

Outro ponto é que os softwares possibilitam, ainda, a identificação de sazonalidades, tornando o reajuste de preços mais assertivo perante à realidade e às necessidades corporativas.

No entanto, apesar do excelente apoio da tecnologia e todos os seus benefícios, é indispensável que o gestor tenha um olhar analítico e crítico, sabendo gerar insights valiosos para a criação de estratégias de vendas efetivas. 

Para ajudar nesta etapa, há o F360 Finanças: uma plataforma voltada para a gestão financeira multiempresas – de várias lojas, canais e marcas em um só local. O sistema conta com recursos automatizados e altamente valiosos para o varejista, como:

  • conciliação de cartões de crédito e débito;
  • gestão do fluxo de caixa;
  • contas a pagar e a receber, com integração de todas as notas emitidas por fornecedores;
  • elaboração do Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE) ;
  • conciliação bancária;
  • planejamento orçamentário com comparação de indicadores para antecipar a tomada de decisões;
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  • e mais!

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Escrito por:

Maurício Galhardo

Head e curador do F360 Educa, apaixonado por finanças, autor de três livros de negócios e gestão financeira, com ampla experiência em treinamentos e palestras. Já treinou mais de 20 mil pessoas no varejo!

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