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Finanças 23/05/2023

Custos fixos x custos variáveis: diferenças entre os dois!

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Cuidar da gestão financeira de uma empresa é fundamental para quem deseja atingir bons resultados. E para alcançá-los, é preciso analisar muitos números todos os dias — os principais são os custos fixos e os custos variáveis.

Os dois termos representam os gastos do empreendimento para se manter em funcionamento, como o pagamento de contas básicas e até mesmo a reposição de estoque. A diferença está no que cada um representa.

Quer entender melhor? Então, continue a leitura. No artigo a seguir, explicamos como entender o conceito de custos fixos x custos variáveis é vital para o controle orçamentário e a gestão de despesas!

Principais aprendizados deste artigo:

  • Os custos fixos não costumam variar tanto ao longo dos mês, mas se mantêm constantes, enquanto os variáveis apresentam uma certa flexibilidade, além de sofrerem impacto direto do volume de vendas.
  • Para diferenciar as despesas fixas das variáveis, analise se os gastos mudam conforme o faturamento ou capacidade de produção. Caso haja alteração, são variáveis. Caso se mantenham estáveis, são fixos. 
  • Fazer uma boa gestão das despesas é essencial para o planejamento financeiro, já que ajuda a identificar oportunidades para reduzir os gastos e, assim, aumentar o faturamento líquido. 
  • Para cortar custos, o ideal é identificar todas as despesas, projetar os pagamentos futuros para, em seguida, estabelecer as melhores ações para economizar, como negociar com os fornecedores.
  • Ter um sistema de gestão financeira facilita o processo de controle, pois permite visualizar todas as movimentações de forma centralizada. Dessa forma, você tem uma administração mais eficiente.

O que são custos fixos?

Os custos fixos representam todas as despesas não impactadas diretamente pelas vendas. Estes gastos são recorrentes e previsíveis, mas não precisam ter um valor (em R$) fixo mensal. O termo fixos, na verdade, diz respeito ao fato de acontecerem todos os meses. 

Estas despesas são essenciais para o dia a dia do negócio e geralmente apresentam uma parte significativa do orçamento. São exemplos bem comuns de gastos fixos:

  • aluguel do espaço da loja;
  • contas de água, luz, gás e internet;
  • folha de pagamento de funcionários;
  • seguros;
  • financiamentos. 

Vale ressaltar que estes são apenas alguns exemplos comuns de gastos fixos, que podem variar segundo o modelo e setor em que o negócio atua (mas falaremos melhor sobre este assunto mais adiante)!

O que são custos variáveis?

Os gastos variáveis são todos os que sofrem um impacto direto em decorrência das vendas. Devido a esta característica, tendem a ser mais flexíveis e mudarem conforme o nível de faturamento da unidade. Para ficar mais claro, são exemplos de gastos variáveis:

  • compra de mercadorias;
  • comissões de vendas;
  • embalagens e materiais de exposição;
  • frete e logística;
  • fundo ou taxa de publicidade e marketing.

A propósito, é comum que estas despesas não estejam presentes no orçamento todos os meses, uma vez que variam de acordo com a sazonalidade e outras variáveis. Porém, ainda precisam de acompanhamento atento, já que impactam o planejamento financeiro.

Quais as diferenças entre custos fixos e custos variáveis?

Para resumir, a principal diferença entre custos fixos e custos variáveis é que os primeiros têm pouca (ou nenhuma) oscilação ao longo do tempo. Pelo contrário, permanecem na mesma faixa. Já os variáveis apresentam constantes variações, que, inclusive, podem ser bastante perceptíveis e impactar o orçamento empresarial.

Outro ponto de divergência entre os dois tipos de gastos é que os fixos não sofrem influência da produção. Isto é, não importa se o negócio aumentar ou diminuir suas vendas, os custos se mantêm (quase) os mesmos.

Os gastos variáveis, por outro lado, estão atrelados à produção e, portanto, mudam conforme as alterações do mercado (como crises ou tendências de consumo). Fácil de entender, concorda?

Um ponto interessante é que as mudanças econômicas (sazonalidade, crises, tendências) afetam diretamente os custos, tanto os fixos quanto os variáveis. 

Por exemplo, em épocas com pouca chuva, as companhias de energia elétrica costumam acionar a bandeira vermelha, o que encarece a conta de luz (não importa se, para você, este é um gasto fixo ou variável).

Outro exemplo do impacto econômico nos custos é o pagamento dos tributos (que podem ser tanto fixos quanto variáveis), uma vez que qualquer mudança já altera os valores que você deve pagar.

Ressaltamos ainda que separar os diversos gastos em fixos ou variáveis permite entender melhor a gestão financeira do seu negócio e o que você deve fazer para adequá-lo aos resultados desejados. Aprenda como categorizar suas despesas no próximo tópico!

custos fixos e custos variáveis: veja a diferença

Como diferenciar os custos fixos dos variáveis do seu negócio?

Quando o empreendedor tem dúvida se um gasto é fixo ou variável, é possível avaliar o histórico da despesa ao comparar com os respectivos faturamentos, para assim, entender se há variação ou não. 

Outra forma mais simples, indicada por Maurício Galhardo, head do F360 Educa, é analisar as seguintes perguntas!

  1. Se o faturamento da unidade dobrar em um determinado mês, o gasto analisado dobra também?
  2. Se as vendas da unidade tiverem redução de 50%, o gasto também diminui na mesma proporção?

Se as respostas forem POSITIVAS, este gasto é variável; agora, se forem NEGATIVAS, você deve classificá-lo como gasto fixo. 

Para compreender melhor, veja esse exemplo prático:

Suponha que você tenha uma loja que vende sapatos e, em um determinado mês, a conta de luz veio com um valor maior do que o de costume. Pare e reflita, essa mudança tem relação direta com o faturamento? Provavelmente não! Então, esse gasto é FIXO. 

Agora, imagine um novo cenário: você tem uma franquia de lavanderia e, no mês de julho, o gasto com a conta de luz aumentou muito. Essa mudança tem relação com as suas vendas? Provavelmente sim! Porque o valor da conta de energia elétrica tem relação direta com o tipo de serviço que a unidade oferece. Então, esse gasto é VARIÁVEL. 

Ao comparar esses dois exemplos, fica muito mais fácil entender o assunto, não é verdade?

Contudo, vale ressaltar que a visibilidade de quais são os gastos e o modo como afetam o seu fluxo de caixa interferem diretamente em uma maior previsibilidade e controle das despesas, o que gera decisões mais informadas e estratégicas.

Qual a importância da gestão de despesas fixas e variáveis para os negócios?

A gestão dos custos fixos e variáveis é de extrema importância para uma boa gestão financeira. Afinal, o conhecimento sobre os gastos exercem um papel fundamental no planejamento orçamentário de qualquer negócio.

Para ficar mais claro, imagine que é mais difícil traçar o orçamento para o próximo período (como o semestre seguinte) quando você não tem noção de quanto precisa pagar todos os meses e quais gastos podem surgir, concorda?

Posto isto, fica claro que a gestão das despesas possibilita que você se planeje melhor para arcar com todos os custos, sem atrasar nenhuma conta, e ainda manter o faturamento no “azul”. 

Na prática, gerenciar os custos fixos e os custos variáveis do seu negócio ajuda a tomar decisões mais assertivas, uma vez que se baseiam em dados sobre a situação real do negócio. Como consequência, suas estratégias têm melhores resultados. 

Como controlar os custos fixos e variáveis? Melhores estratégias de redução de despesas 

Agora que você conferiu a comparação entre custos fixos e custos variáveis, que tal conferir algumas estratégias de redução de despesas que podem ajudar você a economizar no dia a dia do seu negócio?

Para tanto, basta continuar a leitura!

1- Identifique todas as suas despesas

O primeiro passo para controlar os custos fixos e os custos variáveis é identificar todas as suas despesas. O indicado é anotar tudo o que você precisa pagar durante o mês com os valores médios.

Por exemplo, você pode fazer uma lista com:

  • contas de eletricidade, água, telefone e internet;
  • salário dos colaboradores;
  • aluguel; 
  • compra de embalagens descartáveis; 
  • comissões de vendas.

Em seguida, some todos os valores e, se possível, compare com os gastos de períodos anteriores. Esse processo permite acompanhar a evolução e, assim, identificar padrões que ajudam nos próximos passos.

2- Faça uma projeção das despesas futuras 

O segundo passo para fazer um controle orçamentário eficaz é projetar as despesas. O que queremos dizer é que você deve analisar os dados históricos a fim de prever os custos futuros.

Por exemplo, se você sempre paga um valor X de eletricidade mensalmente, já pode supor que se manterá na mesma faixa nos meses seguintes, certo? O mesmo vale para as despesas variáveis.

Neste caso, considere as mudanças no mercado, como uma data comemorativa em que há um aumento nas vendas ou um período no qual o movimento de clientes é mais fraco.

3- Planeje uma ação de corte dos custos operacionais 

O terceiro passo é quando você “coloca a mão na massa”. Para tanto, use as informações que coletou nos tópicos anteriores (origem e previsão das despesas) para traçar estratégias mais assertivas para reduzi-las.

Pode ser, por exemplo, adotar placas solares ou um sistema de reutilização de água. Neste ponto, também entram as táticas voltadas para a gestão de pessoal, como ações de conscientização dos colaboradores para economizar os recursos.

Ao mesmo tempo, vale conversar com os fornecedores para renegociar valores, como um desconto maior para pagamento adiantado, o que permite reduzir alguns custos variáveis. 

4- Adote as ferramentas certas 

Por fim, uma dica extra: controle os seus custos fixos e os custos variáveis com a ferramenta certa. Muitos gestores ainda usam planilhas. Porém, o ideal mesmo é adotar um bom software de gestão financeira, como o F360 Finanças

O nosso sistema permite controlar todas as contas a pagar e a receber de forma completa e automática. Agende uma demonstração gratuita agora mesmo e veja como a nossa plataforma pode colaborar com a gestão financeira do seu negócio! 

FAQ – Perguntas frequentes sobre custos fixos e variáveis

O que são gastos fixos e variáveis?

Os custos fixos são aqueles que sofrem pouca variação ao longo dos meses e não estão atrelados à capacidade de produção do negócio. Enquanto os custos variáveis são mais flexíveis e tendem a aumentar ou diminuir em decorrência das vendas.

Quais são os exemplos comuns de gastos fixos e variáveis em uma empresa?

Os exemplos mais comuns de gastos fixos em uma empresa são os custos com aluguel, salário e contas, como de água e eletricidade. Já os variáveis podem ser reposição de mercadorias, compra de embalagens ou o pagamento de frete para cobrir o envio.

Por que é importante diferenciar gastos fixos e variáveis na análise financeira?

Diferenciar os custos fixos dos variáveis facilita o planejamento financeiro, já que possibilita criar estratégias de redução focadas nas áreas-chave para economizar durante o pagamento das despesas.

Como posso reduzir meus gastos fixos sem comprometer a operação do negócio?

Para reduzir os custos fixos sem comprometer sua operação, indicamos adotar estratégias para cortar gastos, como implementar ações para economizar luz e água ou ainda conscientizar os colaboradores sobre a importância do uso correto dos recursos.

Como posso otimizar meus gastos variáveis para melhorar a lucratividade da empresa?

Você pode otimizar os gastos variáveis ao renegociar os contratos com seus fornecedores ou procurar por novas opções, mais em conta, para economizar e, assim, aumentar a lucratividade do seu negócio.

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Escrito por:

Maurício Galhardo

Head e curador do F360 Educa, apaixonado por finanças, autor de três livros de negócios e gestão financeira, com ampla experiência em treinamentos e palestras. Já treinou mais de 20 mil pessoas no varejo!

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