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Finanças 08/11/2024

Tarifas bancárias no varejo: como evitar gastos desnecessários?

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As tarifas bancárias no varejo podem impactar o lucro líquido de um negócio se não forem devidamente gerenciadas. Afinal, é necessário pagar esses valores para garantir a manutenção e o uso de contas bancárias. Isto é, são mais uma despesa e, como tal, requerem controle bem de perto.

Não tem muito para onde fugir, pois, praticamente, todos os bancos cobram tarifas de empresas. A diferença é que algumas instituições trabalham com valores maiores e outras menores.

Inclusive, é importante você saber que o Banco Central não determina padronização de tarifas para pessoas jurídicas — ao contrário do que acontece com as pessoas físicas, para as quais os chamados “serviços essenciais” não podem ser cobrados.

Isso significa que bancos e fintechs podem cobrar por todos os serviços oferecidos à sua franquia, se respeitarem algumas regras. Uma delas é divulgar publicamente os preços definidos.

Então, se você precisa descobrir como reduzir o pagamento de tarifas bancárias da sua loja, uma das primeiras opções é comparar diferentes instituições financeiras. Porém, existem outras estratégias que vale a pena adotar. 

Para saber quais são, basta seguir a leitura deste artigo. Explicaremos também os tipos de tarifas bancárias e os benefícios de uma gestão financeira eficiente para reduzir esses custos.

O que são e como funcionam as tarifas bancárias no varejo?

As tarifas bancárias no varejo são cobranças que bancos e fintechs fazem aos titulares das contas para manterem a oferta de serviços bancários. Essas cobranças se referem à manutenção dos serviços prestados, processamento das operações financeiras e oferta de diferentes soluções.

Como acabamos de comentar, as instituições financeiras são livres para cobrar por todos os serviços oferecidos às pessoas jurídicas.

Em um primeiro momento, isso pode parecer ruim para a gestão da sua loja. Porém, pense da seguinte forma: a alta competitividade desse setor “obriga” os bancos a trabalharem com tarifas atrativas para despertar o interesse dos clientes — especialmente agora, com o Open Banking, que tornou muito mais fácil migrar de uma instituição financeira para outra. 

Como ninguém quer perder público, há boas chances de você encontrar tarifas bancárias interessantes. 

Entretanto, atenção! Ainda que o Banco Central dê essa flexibilidade, há algumas regras que os bancos e fintechs precisam cumprir, que são:

  • apresentar os valores para cada tipo de serviço em formatos e locais visíveis, tanto nas unidades físicas quanto nos sites;
  • registrar as tarifas em contrato e somente cobrá-las se o titular da conta tiver ciência dos valores, e autorizar;
  • prestar efetivamente o serviço cobrado, isto é, não terceirizar;
  • respeitar os valores máximos, médios e mínimos definidos pelo órgão regulador. 

Quais são as principais tarifas bancárias no varejo?

As principais tarifas bancárias cobradas no varejo são:

  • de manutenção de conta: trata-se de uma cobrança mensal que garante a conta bancária ativa;
  • de transação: custos cobrados pela realização de transferências, saques e depósitos;
  • de serviços de pagamento: valores referentes a serviços de pagamento, como boletos bancários, TED e Pix;
  • de cartão de crédito e débito: cobranças relacionadas ao processamento de pagamentos feitos com esses tipos de cartão;
  • de empréstimos e financiamentos: valores associados a operações de crédito.

Outros tipos de tarifas bancárias

Porém, como as pessoas jurídicas são cobradas pelos serviços essenciais e não essenciais, há outros tipos de tarifas bancárias que podem entrar nessa lista, dependendo do banco escolhido. 

Alguns exemplos são as referentes a:

  • emissão de cartão de débito: principalmente quando é o cliente que solicita segunda via, seja por roubo, perda, extravio ou outro motivo;
  • extrato impresso: geralmente, os bancos trabalham com uma quantidade gratuita de impressões feitas nos caixas eletrônicos. Assim, a tarifa bancária costuma acontecer quando esse limite é ultrapassado. Além disso, emissões via aplicativo e internet banking tendem a não ser tarifadas;
  • saque em caixa eletrônico: também pode ter alguns números de vezes gratuitos, gerando cobrança apenas quando é excedido. Outro motivo de cobrança para o serviço acontece quando o dinheiro é retirado em outros terminais, como o Banco24Horas, em vez dos caixas eletrônicos do próprio banco; 
  • transferência entre contas, do mesmo banco ou não: como comentamos, pessoas jurídicas não têm isenção de tarifas bancárias para serviços essenciais. Por esse motivo, ainda que a transferência de valor seja entre titulares que usam a mesma instituição financeira, há o risco de haver cobrança. 
  • pagamento de contas de consumo: a exemplo de água, luz e internet. Dependendo do valor, frequência e meio de pagamento utilizado, o banco pode cobrar tarifas de pessoas jurídicas pela prestação desse serviço de intermediação e processamento;
  • utilização do cheque especial: neste caso, são cobrados juros pelo uso do valor e, em alguns casos, taxas para uso do serviço ou aumento do limite;
  • serviço de débito em conta: quando os clientes da loja têm a opção de pagarem dessa forma, pois há uma parceria com a instituição bancária para a processar os valores recebidos.

Sugestão de leitura: “CNAB: confira como funciona, os desafios e os mitos!

Qual o impacto das tarifas bancárias na lucratividade do seu negócio?

Pense nas tarifas bancárias no varejo como mais um grupo de contas a pagar. Isto é, de obrigações financeiras que precisam ser cumpridas para garantir as operações do negócio.

Olhando dessa forma, já dá para ter uma boa ideia do impacto que podem causar na lucratividade da sua franquia, não é mesmo? Ainda assim, vale ilustrar melhor.

Tarifas bancárias altas, excessivas, ou acumuladas, refletem em três principais pontos da receita de um negócio:

  • margem de lucro: quanto mais contas a pagar, menor a lucratividade líquida do negócio;
  • fluxo de caixa: as saídas de valores afetam o potencial de pagamento de compromissos financeiros;
  • distribuição de recursos: pois é necessário separar uma quantia para pagar as tarifas, descobrindo outras áreas da franquia que, se recebessem o valor, trariam mais retorno para a loja.

Exemplo do impacto das tarifas bancárias na lucratividade

Para ficar mais fácil entender esse cenário, trouxemos um exemplo do que pode acontecer quando as cobranças têm valores altos ou não são administradas corretamente. Veja!

Imagine que um food service realiza 100 vendas por dia, a um valor médio de R$ 50 cada, e os clientes pagam por cartão de débito ou cartão de crédito. Significa que, ao final de 30 dias, foram feitas 3 mil vendas, totalizando R$ 150 mil recebidos por esses meios de pagamento.

Acontece que a instituição financeira que processa esses pagamentos cobra R$ 1 por cada operação, então:

  • 3 mil vendas x R$ 1 = R$ 3 mil de tarifa

Logo, dos R$ 150 mil de faturamento bruto, restam apenas R$ 147 mil, pois subtrai-se o valor cobrado pelo banco.

Neste exemplo, consideramos apenas a cobrança sobre o processamento de pagamento. Porém, lembre-se de que existem outros tipos de tarifas bancárias no varejo.

Isso quer dizer que o impacto sobre a lucratividade é maior, e se agrava se esses valores não forem devidamente gerenciados.

Sugestão de leitura: “Projeção de vendas para franquias: 5 ações realmente eficazes!

empreendedora olhando preocupada para o celular
Não superar os desafios da gestão de tarifas bancárias pode gerar importantes perdas financeiras

Quais os principais desafios na gestão de tarifas bancárias?

Seria fácil se o gerenciamento de tarifas bancárias se limitasse a baixar o extrato, ver o que é cobrado, e comparar com o descrito no contrato, concorda? Porém, esse controle é um pouco mais complexo, e com alguns desafios pelo caminho.

Entre os principais, estão:

  • diversidade de tarifas: quando o banco tem vários níveis de cobrança para um mesmo serviço;
  • entendimento dos serviços cobrados: falta de clareza da instituição bancária sobre quais soluções geram cobranças ou não;
  • mudanças constantes dos valores: atualizações de preços sem aviso, ou sem motivo que justifique a prática;
  • dificuldade de negociar preços com o bancos: seja por falta de canais de atendimento, ou por desinteresse da instituição;
  • comparação manual de tarifas entre as instituições financeiras: decorrente da falta de tecnologias voltadas para gestão financeira;
  • falta de periodicidade na conciliação bancária: acumulando a conferência entre os registros internos aos valores presentes no extrato bancário.

Todos esses pontos colaboram para cobranças excessivas e elevação dos custos da sua loja. Porém, não desanime!

A boa notícia é que existem diversas maneiras de melhorar essa gestão. E uma das principais é usar softwares que realizam conciliações automaticamente, como o sistema da F360. Conheça!

Quais os benefícios de uma gestão eficiente das tarifas bancárias?

Ao gerenciar as tarifas bancárias do varejo corretamente, verá benefícios como:

  • redução de custos: resultado da identificação de cobranças erradas, ou de valores altos que abrem caminho para negociar com os bancos;
  • ganho de poder competitivo: se sua loja tem menos custos, pode mudar a estratégia de precificação e atrair mais clientes;
  • aumento da lucratividade: consequência das duas vantagens anteriores;
  • melhora da eficiência operacional: decorrente de um controle mais preciso desse custo;
  • planejamento financeiro mais assertivo: ao saber quanto deve pagar ao banco, fica mais fácil fazer projeções e distribuir os recursos financeiros;
  • controle de caixa eficaz: pois não há surpresas desagradáveis quanto aos valores que saem;
  • estreitamento da relação comercial com instituições financeiras: facilitando negociações e, até mesmo, a obtenção de crédito, se necessário.

Como reduzir o pagamento de tarifas bancárias? 6 estratégias!

Estratégias para reduzir tarifas bancárias não faltam! Entre as que se destacam, estão:

  1. comparar as tarifas de diferentes bancos;
  2. negociar com as instituições financeiras;
  3. trabalhar com bancos alternativos;
  4. centralizar os serviços bancários;
  5. mudar as transações financeiras;
  6. automatizar o processo de conciliação.

Vamos aos detalhes?

1. Comparar as tarifas de diferentes bancos

Aproveite a oportunidade gerada pelo Open Banking (atual Open Finance) e compare as tabelas de tarifas de serviços de várias instituições financeiras antes de contratar uma para a sua franquia.

Como agora é mais simples trocar de banco, se encontrar valores melhores que os pagos atualmente, basta solicitar a migração. 

2. Negociar com as instituições financeiras

Ter os valores de outras instituições nas mãos também facilita as negociações, afinal, você tem como comprovar seus argumentos. Assim, a que estiver mais disposta a receber a conta da sua loja, certamente fará ofertas melhores.

3. Trabalhar com bancos alternativos

Em linhas gerais, as fintechs têm tarifas mais baixas por serem 100% digitais. Por não arcarem com custos de unidades físicas, como os bancos tradicionais, esse repasse não é feito aos clientes. Por isso, tendem a ser mais interessantes.

4. Centralizar os serviços bancários

Outra forma de reduzir o pagamento de tarifas bancárias é ter conta em apenas uma instituição. Um dos motivos é que clientes fiéis costumam receber tratamento diferenciado. E essa diferenciação pode vir em valores menores, ou mesmo na isenção de cobrança de alguns serviços.

5. Mudar as transações financeiras

Analise quais tipos de transações financeiras mais realiza e veja os custos de cada uma. Às vezes, só de trocar uma pela outra, os gastos diminuem. A TED, por exemplo, é mais cara que o Pix para pessoa jurídica. Logo, usar a segunda opção é financeiramente melhor.

6. Automatizar o processo de conciliação

Fazer a conciliação bancária manualmente demanda tempo e aumenta as chances de erros. Inclusive, as horas gastas fazendo as conferências dos extratos e lançamentos poderiam ser usadas em outras atividades mais estratégicas que ajudam sua franquia a crescer.

Por outro lado, você ganha produtividade e elimina falhas ao automatizar esse processo. Isso porque a identificação de quais tarifas bancárias são pagas, e se os valores cobrados pelo banco estão certos, é muito mais rápida e eficiente.

Pensando qual sistema ajudaria nessa tarefa? O mais completo é o F360 Finanças!

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Com a solução, você consegue:

  • gerenciar o controle financeiro de várias lojas, marcas e canais de vendas em um mesmo sistema;
  • acessar o sistema pelo notebook ou dispositivos móveis (tablet e smartphone);
  • visualizar um painel com indicadores personalizáveis para analisar as informações conforme a sua necessidade;
  • realizar atividades como:
    • conciliação de cartões;
    • fluxo de caixa;
    • gestão de contas a pagar e receber;
    • DRE;
    • conciliação bancária;
    • planejamento orçamentário;
    • integração com PDV e adquirentes;
    • conciliação com vouchers.

Que tal conferir, na prática, como tudo isso funciona? Então agende agora mesmo uma demonstração grátis e veja como é fácil modernizar a gestão financeira do seu negócio!

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Escrito por:

Henrique Carbonell

CEO & CoFounder at F360 - Franchisee at O Boticário. Formado em Administração de Empresas pela Fundação Alvares Penteado - FAAP e pelo Ibmec Business School / IBMEC - SP.

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