regime de caixa
Finanças 26/09/2020

O que é regime de caixa?

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A gestão financeira e a gestão fiscal devem ser levadas muito a sério. Segundo dados do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), dentre os seis maiores erros que levam o fechamento das empresas no Brasil, a falta de planejamento e o descontrole do fluxo de caixa merecem destaque. Por isso, decidimos criar este conteúdo para te ajudar a ter o controle do regime de caixa e evitar que seu negócio esteja entre as estatísticas anteriores.

Esse regime atualmente é o mais utilizado no Brasil por conta da sua facilidade de controle. Por isso, não deixe de conferir!

O que é regime de caixa?

De maneira bem direta, se trata de um regime contábil em que as receitas e despesas do seu negócio só serão de fato contabilizadas quando entrarem ou saírem do caixa da empresa. Assim, o regime de caixa segue o fluxo de caixa e não quando a nota fiscal é gerada.

Para compreender melhor, imagine que o seu cliente parcelou em cinco vezes a compra do produto. Sua empresa pagará os impostos referentes àquele produto cada vez que o seu cliente pagar uma das cinco parcelas, e não o valor total do imposto no ato da compra, quando a nota fiscal for emitida.

Isso ajuda muitas pequenas e médias empresas, que conseguem pagar o imposto na mesma proporção em que recebem o dinheiro.

O regime de caixa se tornou fundamental, principalmente porque os conceitos de pagar e comprar são coisas diferentes. Existem muitos empreendimentos que liberam o produto com antecedência e o cliente só começa a pagar no mês seguinte ou até posteriormente.

O regime de caixa também é bastante favorável às prestadoras de serviço. Seja por cheque, transferência ou cartão de crédito, o imposto só será cobrado após a realização do serviço e  a nota fiscal será emitida após o recebimento do valor pelos seus serviços.

Por que adotar o regime de caixa no fluxo de caixa?

O regime de caixa é o modelo mais simplificado e tem o objetivo de beneficiar empreendimentos que trabalham com vendas a prazo ou com datas de pagamento diferentes da venda.

Indiferente do porte ou segmento da empresa, tanto a gestão financeira quanto a fiscal precisam ser trabalhadas com prioridade. Pois, como já vimos, podem ser áreas que vão decretar o fechamento do seu negócio.

Algumas das vantagens em adotar o regime de caixa são:

Visão real do fluxo de caixa

Como no fluxo de caixa as despesas e os rendimentos só são considerados quando são efetivados, a visão do seu caixa é trabalhada em tempo real e não em reflexo de dias atrás.

Trabalhando com essa visão mais realista, você não precisa contar com lucros que ainda não chegaram ao seu caixa, evitando tomadas de decisões precipitadas futuramente.

Demonstração real da liquidez com o regime de caixa

Arcar com as obrigações – como o próprio nome já diz – é obrigatório. No entanto, sabemos que empresas que estão em tempos de crise e enfrentam dificuldades precisam de um jogo de cintura maior para quitar todas os pagamento de salários, tributações, quitação com os fornecedores, além das despesas básicas do negócio, como conta de luz, água, aluguel e internet.

Com o regime de caixa, o empreendedor consegue ter uma visão real se as despesas conseguirão ser quitadas neste momento, levando informações fundamentais a respeito da liquidez do negócio.

Redução de riscos em investimentos

Se você sabe que a sua empresa possui um valor x, é básico que ela não  consiga arcar com um valor x + y, pois isso é um valor acima daquilo que ela consegue lidar.

Ao ter essa visão real com o regime de caixa, as tomadas de decisão a curto, médio e longo prazo se tornam mais pontuais e menos arriscadas. Isso ajuda a manter a saúde financeira do seu negócio em dia, uma vez que é possível compreender facilmente a real situação do seu caixa.

Cuidados com o regime de caixa

  1. É importante que todas as receitas sejam registradas detalhadamente para evitar esquecer o débito do imposto ou o pagamento dobrado. Para isso, faça o uso de plataformas de gestão;
  2. Lembre-se de manter a sua equipe atenta aos prazos de entrada e saída de cada valor;
  3. Converse com o seu contador para integrar o regime e o fluxo de caixa;
  4. Não confunda o regime de caixa com o regime de competência. Falaremos desse outro regime nos próximos tópicos, mas é importante lembrar para não  confundir!

Quem pode adotar o regime de caixa?

Empresas que adotaram a forma tributária do Lucro Presumido ou Simples Nacional, bem como Pequenas e Micro Empresas.

E o regime de competência?

Em contrapartida, existe o regime de competência. Nesse modelo, os gastos e as receitas são contabilizadas na data da compra e não no efetivo pagamento ou recebimento do valor monetário.

Assim, o registro financeiro se dá no mesmo momento de seu fato gerador. Diferente do regime de caixa, no de competência, caso a empresa faça uma transação que será quitada em parcelas, o valor total dessa transação será lançado na data da assinatura do contrato, independentemente da data de seu efetivo pagamento.

Para fins do imposto de renda, a legislação brasileira considera o regime de competência, pois qualquer empresa pode utilizá-lo.

Se quiser saber mais confira o nosso outro artigo sobre a diferença entre regime de caixa e regime de competência.

Cuidando da saúde financeira do seu negócio

Uma boa saúde financeira garante mais segurança para o seu negócio. Investimentos desnecessários, acúmulo de estoque, aumento nas inadimplências, minimização dos lucros e quedas nas vendas são apenas alguns reflexos de quem não está cuidando da real saúde financeira do seu negócio.

O regime de caixa é apenas uma solução, mas existem várias. Para te ajudar, baixe o nosso e-book “Como preservar o caixa da sua empresa em tempos de crise” e saiba mais! 

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Escrito por:

Mario

Conteúdo produzido por especialistas da plataforma F360, referência em Gestão Financeira de redes do varejo.

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