Na Mídia 25/11/2019

Plataforma de gestão evita perdas nas operações financeiras

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Forbes Daily, por Gabriela Arbex

Ao mesmo tempo em que comandava os negócios da família – uma rede com 18 franquias das lojas O Boticário –, Henrique Carbonell se sentia incomodado com a dificuldade de controlar a operação financeira em um único lugar. Na época, cinco anos atrás, as opções eram os parrudos sistemas integrados de gestão empresarial, os famosos e complexos ERPs, ou as planilhas Excel, da Microsoft. A primeira alternativa era – e continua sendo – inviável financeiramente para pequenas e médias empresas, tanto no que se refere à compra da solução quanto à manutenção de uma equipe interna para operá-la no dia a dia. “Eu fazia tudo na planilha: vendas, despesas, contas a pagar e a receber, taxas de administração dos cartões, prazos”, lembra. “O problema é que fiquei refém desse processo e não conseguir tocar mais nada na empresa.”

Foi assim que Carbonell teve a ideia de criar uma plataforma de gestão financeira única na web, que integrasse todos os processos, fosse fácil de operar, segura e acessível para os pequenos e médios varejistas. Em 2014 nasceu, então, a F360º , toda desenvolvida com base na experiência do executivo e testada em suas franquias. Em 2016, após R$ 300 mil de investimentos e um período de amadurecimento, o sistema passou a ser comercializado oficialmente. Hoje, já atende cerca de 4 mil lojas em todo o país de 120 marcas diferentes.

Porém, mais do que facilitar a operação, a ferramenta evita perdas financeiras. Só em 2019, o “recuperômetro”, como é chamado o recurso de acompanhamento real time das operações dos clientes, que mede potenciais perdas, já contabiliza R$ 31 milhões. Carbonell explica que há diversos pontos falhos durante uma venda no varejo. Um deles, por exemplo, é que algumas vezes a operação na loja física simplesmente não é concretizada. “Ela fica perdida e, na correria do dia a dia, muitas vezes não é identificada”, diz.

Além disso, existem diferenças entre as taxas administrativas cobradas pelas operadoras de cartão, já que as negociações são muito variadas. O lojista pode, por exemplo, contratar uma taxa de 2% à vista prevista para aumentar para 2,5% no terceiro mês. “Se essa alteração acontece antes do planejado, o dono do negócio perde dinheiro e, muitas vezes, nem se dá conta. No caso das vendas parceladas, essas variáveis são ainda mais difíceis de controlar. É um trabalho impossível de ser feito de forma manual”, diz Carbonell, explicando que essa divergência entre taxas é a principal vilã das perdas financeiras. Mas existem outras, como os valores pagos pelas maquininhas de cartão e serviços de assinatura – outro custo difícil de acompanhar, já que é descontado dos recebíveis – e o chargeback, ou estorno, que acontece em caso de fraudes. Tudo isso, chamado de conciliação de cartões, é feito de forma automatizada pela ferramenta.

De acordo com o sócio-fundador, o volume recuperado – os R$ 31 milhões – correspondem a 2% das operações com cartões de crédito que transitam pela plataforma. Ou seja, um cliente que movimenta, por exemplo, R$ 10 mil por mês com esse meio de pagamento vai impedir que R$ 200 escapem pelo ralo – justamente o custo da ferramenta por mês por loja. Mas esse índice pode variar. “Temos um cliente do Mato Grosso do Sul que possui cerca de 20 franquias de O Boticário e, em um único dia, evitou perdas de R$ 200 mil”, conta Carbonell.

Quem também usa a plataforma é Fabio Taddei, proprietário de seis franquias das lojas de acessórios Chilli Beans. O empreendedor diz que a ferramenta lhe trouxe várias revelações – coisas que ele não conseguia detectar no dia a dia das operações. “Ela fez com que eu enxergasse o negócio com certeza do que eu via”, conta. “Graças a isso, tomei decisões importantes, como o fechamento de pontos de venda que eu achava que davam lucro mas que, na verdade, não davam.”

Taddei cita outros números: reduziu em R$ 1 mil o montante pago mensalmente em tarifas bancárias, descobriu R$ 25 mil que estavam sendo enviados para uma conta bancária inativa e passou a economizar R$ 18 mil com a folha de pagamento após a descoberta de lacunas. Tudo isso sem falar na economia proporcionada pela automatização da conciliação com cartões e na redução da área financeira de quatro pessoas para apenas uma. “Eu realmente entendi meu fluxo de caixa. Hoje não sofro mais por conta disso. Entendo que há meses que vai faltar dinheiro. Antes isso tirava meu sono. Agora entendo que faz parte do processo.”

A F360º, que vai fechar 2019 com faturamento de R$ 9 milhões e prevê, para 2020, um incremento de mais de 100% com novas funcionalidades – como o módulo de contabilidade virtual –, também atende o Grupo Germani, formado por franquias multimarcas que incluem lojas da ArezzoFórumLoungerie Adidas. Na empresa, as planilhas foram eliminadas e o trabalho do pessoal de back office foi reduzido em 40%. Carbonell diz que o próximo passo, além dos novos módulos, é expandir a implantação da ferramenta para além das franquias. “Estamos nos estruturando para passar a atender postos de gasolina”, conta. Em seguida, a ideia é criar uma ferramenta analítica que use os dados das 80 milhões de transações que passam pela plataforma para extrair insights de negócios e, por fim, colocar tudo isso debaixo do guarda-chuva de uma fintech, com a oferta de produtos financeiros como seguros e empréstimos.

Leia na íntegra neste link

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Escrito por:

Mario

Conteúdo produzido por especialistas da plataforma F360, referência em Gestão Financeira de redes do varejo.

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