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Franquias 09/12/2024

Taxa Mínima de Atratividade (TMA): o que é e como calcular?

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Se você precisa estudar a viabilidade de investir em uma franquia, um dos indicadores mais importantes para ajudar na decisão é a Taxa Mínima de Atratividade (TMA).

Afinal, qual franquia dá mais lucro? Qual tem o melhor custo-benefício? Qual apresenta mais riscos? Essas respostas se dão pela análise de indicadores de rentabilidade e retorno de um investimento.

Imagine que você tenha três lojas e deseje abrir mais duas. Essa operação envolve investimento com aluguel ou compra do ponto, reserva de capital de giro, aumento do estoque, mão de obra para a construção ou reforma, novo quadro de colaboradores e por aí vai.

Logo, para tomar uma decisão tão importante que impacta diretamente o sucesso do negócio, é necessário controlar as expectativas de lucrar mais e fazer as contas. O cálculo envolve, por exemplo, a TMA, TIR (Taxa Interna de Retorno), projeção de fluxo de caixa e o VPL (Valor Presente Líquido).

Parece muita coisa? Não se preocupe, porque abordamos esses indicadores a seguir! Continue a leitura e saiba analisar se determinado investimento realmente vale a pena.

Principais aprendizados deste artigo:

  • A Taxa Mínima de Atratividade (TMA) indica o retorno mínimo esperado para um investimento ser viável e ajuda a comparar diferentes opções, como franquias e compra de equipamentos.
  • A TMA auxilia nas tomadas de decisão racionais, pois avalia a viabilidade financeira e os riscos associados aos investimentos em novas unidades.
  • Não há uma fórmula fixa para calcular a TMA. Utiliza-se a taxa básica de juros (Selic), além de considerar custo de oportunidade, liquidez, riscos e a Taxa Interna de Retorno (TIR).
  • Se a TIR for maior que a TMA, o investimento é atrativo; se igual, é neutro; se menor, não vale a pena, porque indica menor rentabilidade que investimentos com riscos mais baixos.

O que é Taxa Mínima de Atratividade (TMA)?

A Taxa Mínima de Atratividade (TMA) é um indicador que representa o valor mínimo que um investimento deve render para ser viável economicamente conforme o risco associado. Logo, é o valor mais baixo que o investidor aceita como retorno para realizar a transação.

Utiliza-se esse indicador para comparar não apenas aquisições de uma franquia, mas também de máquinas e equipamentos. Imagine que você tenha uma empresa que estampa camisetas e pensa em comprar uma máquina a laser que eleva a qualidade do produto.

Se você investir o valor do equipamento em uma renda fixa, por exemplo, pode obter 4,25% de retorno em determinado período. Logo, a TMA da máquina a laser deve ser, no mínimo, esse percentual para evitar riscos e reduzir a rentabilidade.

Qual a importância da TMA nos investimentos em franquias?

A Taxa Mínima de Atratividade ajuda o varejista a “colocar os pés nos chão” e tomar decisões mais racionais. Junto a outros indicadores, promove uma visão completa da viabilidade financeira de determinado investimento ou projeto. Além de permitir a avaliação dos riscos associados.

Afinal, existem aquisições que mesmo com um risco mais elevado valem a pena, pois o retorno é atrativo em relação ao custo inicial. Portanto, já adiantamos que, apesar de representar um percentual, a TMA não tem uma fórmula pronta para indicar se o projeto é ou não viável.

Leia também: Expansão de franquias: as 6 melhores dicas de como realizar!

Como calcular a Taxa Mínima de Atratividade?

Não existe uma fórmula oficial para calcular a Taxa Mínima de Atratividade, mas os especialistas usam a taxa básica de juros da economia (Taxa Selic) para basear sua estimativa de retorno.

Porém, consideram ainda outros cálculos, como: custo de oportunidade, taxa de liquidez, TIR e riscos.

Confira detalhes sobre os principais aspectos para estimar a TMA de uma franquia.

  • Custo de oportunidade: comparar a rentabilidade e a remuneração de outros tipos de investimentos em relação ao atual.
  • Liquidez: capacidade e rapidez de um ativo/investimento se transformar em dinheiro no caixa.
  • Riscos: os riscos associados à operação, como concorrência e cenário econômico. Quanto mais alto o risco, maior será o retorno esperado e a taxa TMA.
  • Taxa Interna de Retorno: a TIR compara o investimento inicial e as despesas futuras para estimar seu retorno potencial. Mede o valor presente dos fluxos de caixa e projeta os resultados.

Qual a relação entre TMA e TIR?

Para entender melhor a relação da TMA com outros indicadores, trouxemos um dos principais para varejistas e empresários avaliarem onde aplicar seu capital: a TIR, Taxa Interna de Retorno.

Seu cálculo visa encontrar a taxa de desconto para aplicar aos fluxos de caixa com objetivo de gerar um valor presente (VPL) igual a zero. Por ser uma fórmula mais complexa, a dica é usar o Excel para encontrar seu percentual.

Aplique a fórmula “=TIR()” no programa para encontrar a TIR dos fluxos de caixa analisados em determinado período.

Após determinar ambas as taxas, analise a relação entre TMA e TIR:

  • se a TIR for maior do que a TMA, o investimento é atrativo;
  • se a TIR for igual à TMA, o investimento é neutro, pois rende o mesmo valor que uma taxa mínima sem riscos;
  • se a TIR for menor que a TMA, o investimento é “furada”, porque sua rentabilidade é menor do que um investimento com riscos bem mais baixos.

Saiba mais: Como escolher a franquia ideal e fazer um bom investimento? Aprenda!

Como fazer uma análise de investimentos eficiente?

Para tomar decisões financeiras estratégicas, sua análise não para no valor da TMA e da TIR. Fique atento ao Valor Presente Líquido ou VPL, que precisa do valor da Taxa Mínima de Atratividade para calculá-lo.

Caso o VPL seja negativo, o projeto é inviável porque mostra que tem despesas mais altas que as receitas. Se for positivo, acontece o contrário: mais ganhos do que gastos e, por isso, o investimento vale a pena.

Em caso de VPL neutro, as receitas e despesas são iguais e você escolhe se deseja investir ou não na franquia.

O VPL, em suma, calcula a rentabilidade conforme a expectativa de lucro, a TMA e a valorização ou desvalorização do capital ao longo dos anos.

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Escrito por:

Henrique Carbonell

CEO & CoFounder at F360 - Franchisee at O Boticário. Formado em Administração de Empresas pela Fundação Alvares Penteado - FAAP e pelo Ibmec Business School / IBMEC - SP.

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