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Franquias 17/05/2024

Avaliação de franquia: 7 pontos que não podem ficar de fora!

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A avaliação de franquia é uma atividade que protege a pessoa interessada em ser dona de uma unidade da rede quanto aos riscos financeiros, de imagem, reputacionais, entre vários outros. Isso porque o processo analisa diversos pontos de um negócio desse formato.

Fazer essa verificação é fundamental porque, por mais que a aquisição seja de um modelo de negócio pronto, testado e aprovado, isso não quer dizer que não existam alguns desafios a superar. 

Imagine o que pode acontecer se o franqueador não der o devido suporte; se o tempo exigido para se dedicar à loja for maior do que o que você tem disponível; ou, pior ainda, que a possibilidade de retorno financeiro apontada pelo franqueador não for real.

Esses são apenas alguns exemplos do que precisa ser verificado antes da assinatura do contrato de franchising. Continue a leitura para descobrir outros e saiba como fazer uma avaliação de franquia completa, precisa e que aumenta sua segurança.

Como avaliar uma franquia?

As franquias têm a vantagem de ser negócios que já passaram por todos os testes e ajustes iniciais, tais como definição do público-alvo, nível de aceitação dos produtos e/ou serviços pelos consumidores e outros detalhes. Ainda assim, não deixa de ser uma empresa. 

Por esse motivo, antes de usar seu dinheiro para adquirir uma ou mais unidades, é extremamente importante analisar se a rede em questão vale ou não o investimento. Afinal, você não quer perder tudo o que juntou para ter o próprio negócio por causa de uma decisão errada, não é mesmo?

Assim, um dos primeiros passos na hora de fazer uma avaliação de franquia é verificar se ela faz parte da Associação Brasileira de Franchising – ABF

Essa é a principal entidade do setor e tem por objetivo defender, promover e estimular seu crescimento. Contar com o selo ABF é uma prova de que a rede de franquias é confiável e tem qualidade no suporte que presta aos franqueados. 

O segundo ponto é analisar a Circular de Oferta da Franquia, COF. Esse é um documento elaborado pelo franqueador, que descreve todos os detalhes sobre o negócio. Nele, devem estar informações como:

  • questões legais;
  • custos;
  • aspectos operacionais;
  • direitos, deveres, obrigações e responsabilidade de cada parte;
  • entre outros.

Em um processo de avaliação de franquias, esse documento é um dos mais importantes, justamente por reunir tudo o que você precisa saber sobre rede. Entenda melhor sobre ele lendo o artigo: “Circular de Oferta da Franquia (COF): manual completo para não errar“.

O que analisar em uma franquia?

Para tomar a melhor decisão de investimento no mercado de franchising, existem alguns pontos na análise de uma franquia que não podem ficar de fora. E os mais importantes são:

  • modelo de negócio;
  • habilidades e experiência;
  • suporte da franqueadora;
  • histórico e reputação da marca;
  • opinião dos franqueados;
  • potencial de mercado;
  • documentação e parte financeira.

Confira os detalhes!

1. Modelo de negócio

Existem diversos tipos de franquias e, para ter sucesso na sua escolha, é fundamental que o modelo escolhido se alinhe com seu perfil de empreendedor.

Para você entender melhor o que estamos falando, veja estes exemplos:

  • minifranquia: são pequenas unidades montadas dentro de outros estabelecimentos comerciais, como supermercados e lojas de conveniência;
  • store in store: segue um princípio parecido, porém, são lojas completas dentro de outros locais, como hotéis, academias e outras empresas;
  • franquia combinada: permite a venda de produtos de outras marcas na loja franqueada.

Como você deve estar imaginando, os valores iniciais para abrir essas unidades variam bastante, bem como a quantidade de funcionários necessários e outras questões. E você precisa considerar tudo isso antes de tomar sua decisão.

2. Habilidades e experiência

Um dos direitos do franqueador é definir o perfil ideal dos franqueados da rede. É possível exigir, por exemplo, alguma especialização ou experiência profissional para fechar a parceria.

Por isso, antes de “se empolgar” com a possibilidade de ter uma loja para chamar de sua, veja quais são as exigências feitas e se você se encaixa nelas.

Dica de leitura: “Como escolher a franquia ideal e fazer um bom investimento? Aprenda!

3. Suporte da franqueadora

Você atende todos os critérios exigidos pelo franqueador? Que bom! Porém, isso não significa que ele pode te deixar sem as devidas orientações sobre como operar e gerenciar a unidade.

Então, verifique como o suporte é prestado, por quais canais de atendimento é feito, se é fácil entrar em contato com um representante da rede e daí em diante. 

Saiba, ainda, que é dever do franqueador dar treinamentos e atualizações para você e seus funcionários.

4. Histórico e reputação da marca

Há quanto tempo a rede de franquia está no mercado? Quantas unidades já foram abertas? O que os consumidores acham da marca, dos produtos ou dos serviços?

Já comentamos aqui que as franquias são modelos de negócio testados e aprovados, certo? Porém, isso não garante que, durante toda a sua existência, a marca tenha mantido uma boa reputação perante o público.

Fazer parte de um negócio com má fama — como aqueles apontados como cúmplices de crimes financeiros ou contra a natureza — pode fazer seu sonho de empreender dar errado antes mesmo de começar.

Logo, durante a avaliação de franquia, pesquise o histórico e a reputação da marca. Isso pode ser feito em pesquisas livres na internet ou mesmo junto aos órgãos fiscalizadores, conforme o ramo de atuação.

5. Opinião dos franqueados

Saber o que os clientes pensam é importante, assim como a opinião de quem está diretamente relacionado com a marca.

A ideia aqui é descobrir o que “acontece nos bastidores”, por exemplo, como é o relacionamento entre franquias e franqueados

Infelizmente, não é incomum que, para quem está de fora, tudo pareça perfeito. Entretanto, no dia a dia, a relação entre essas partes pode ser agitada e cheia de atritos, o que compromete seriamente o sucesso de toda a rede.

Para não restar dúvidas, vale a pena conversar com quem já tem uma unidade da rede, se for possível.

6. Potencial de mercado

A COF traz diversos dados sobre a rede, a exemplo do histórico financeiro, incluindo quanto já faturou e quanto está previsto para os próximos meses ou anos.

Faça uma análise precisa dessas informações, verificando se são realistas e se é mesmo possível alcançar o rendimento apontado. 

Para chegar a essa resposta, avalie como está o mercado no qual a franquia está inserida, a situação econômica do país e, se preciso, peça mais documentos ao franqueador, como o Demonstrativo de Resultado do Exercício, DRE.

Se considerar que não consegue fazer essa parte da avaliação de franquia sem ajuda, procure um contador ou advogado de sua confiança.

7. Documentação e parte financeira

Com tudo certo, a reta final levará você à parte burocrática. No caso, estamos falando do pré-contrato com a definição de direitos e deveres, taxas fixas e recorrentes, custos iniciais e outras questões relacionadas.

Tudo isso deve ser bem estudado e avaliado, pois, uma vez que assinar o contrato, firmará uma parceria legal e jurídica. Se tiver algum problema durante a validade desse documento e precisar romper com o acordo, pode ter que pagar multas por isso.

Então, antes de efetivar a parceria, leia atentamente todos os pontos, solicite ajustes nas cláusulas se necessário e, tão importante quanto, confirme se tem condições financeiras para iniciar essa jornada e se manter nela até a loja dar lucro sozinha.

Por que realizar a avaliação de franquia?

Se chegou até aqui, deve ter percebido que a importância de avaliar uma rede de franquias está diretamente relacionada à proteção do seu investimento. O objetivo é dar a você a segurança necessária para não perder dinheiro e, com isso, realizar o sonho de empreender.

Já comentamos, mas vale repetir: ainda que seja um negócio testado anteriormente, não há como fechar os olhos para os possíveis riscos de uma franquia, os quais podem ser:

  • demora para o obter o retorno do valor investido;
  • competitividade entre as unidades;
  • problemas de comunicação com o franqueador;
  • entre outros.

A melhor forma de evitá-los é entender bem o funcionamento do negócio, em todos os seus detalhes. E a avaliação de franquia serve justamente para isso.
Agora que você conhece esse processo, que tal conferir outras dicas que ajudarão a proteger seu bolso? Então, aproveite que está aqui, no blog da F360, para ler o artigo: “Capital de giro no varejo: tudo o que você precisa saber!“.

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Escrito por:

Henrique Carbonell

CEO & CoFounder at F360 - Franchisee at O Boticário. Formado em Administração de Empresas pela Fundação Alvares Penteado - FAAP e pelo Ibmec Business School / IBMEC - SP.

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