Saber como fazer DRE é fundamental para manter a saúde financeira do seu negócio. Afinal, trata-se de um relatório que apresenta os valores de faturamento, gastos e investimentos feitos em um período de tempo pela empresa
O DRE, que é a sigla para Demonstrativo de Resultado do Exercício, é calculado de acordo com o regime de competência, o que significa que as despesas e receitas devem ser contabilizadas no momento em que ocorrem.
Como consequência, os dados desse documento são uma espécie de resumo financeiro dos resultados operacionais e não operacionais.
E por quais motivos você precisa saber como fazer DRE? Bem, primeiramente porque esse é um documento essencial para quem deseja reduzir custos e perdas financeiras e ampliar a visão da gestão financeira do negócio.
Além disso, o DRE ajuda a verificar se o que foi planejado está sendo seguido, bem como dá ao gestor financeiro ou empreendedor um olhar mais realista sobre a condiçao financeira do negócio, contribuindo para as tomadas de decisão.
O Demonstrativo de Resultado do Exercício também contribui para fazer previsões mais condizentes com a realidade e verificar se é viável economicamente realizar alguns tipos de investimentos.
Vale ressaltar, que nesse artigo falaremos sobre o DRE para a gestão de negócios, especificamente para franquias e varejo. Diferentemente do DRE fiscal, regulamentado por lei e elaborado uma vez ao ano para a entrega aos órgãos governamentais.
Quer entender melhor como tudo isso funciona? Então, siga agora mesmo a leitura deste artigo e veja muito mais sobre esse importante tema!
Principais aprendizados deste artigo:
- DRE significa Demonstrativo de Resultado do Exercício. O documento usa uma referência, como o faturamento, para mostrar os ganhos ou prejuízos da empresa em um determinado período.
- Para chegar ao resultado, monitore os demonstrativos financeiros do negócio, por meio das análises financeiras, fiscal, de alavancagem e econômica do empreendimento.
- Fazer o DRE com frequência facilita a criação do planejamento financeiro e ajuda na tomada de decisões mais assertivas, já que o relatório usa dados sobre o negócio para definir as ações futuras.
- O documento é composto por diferentes termos, como: receita operacional, vendas canceladas, custos de serviços e mercadorias vendidas, lucro bruto, despesas gerais e imposto de renda.
- O passo a passo de como fazer DRE envolve: definir o faturamento geral, deduzir os gastos variáveis, subtrair a margem de contribuição, analisar os custos fixos e incluir os gastos não operacionais.
O que é DRE (Demonstrativo de Resultado do Exercício)?
O DRE, sigla para Demonstrativo de Resultado do Exercício, é um documento com fins econômicos, relacionado à geração dos resultados da empresa.
Este relatório é apresentado de forma dedutiva, ou seja, utiliza um determinado valor como referência — no caso, o faturamento — e, a partir dele, extrai os valores de custos e de despesas até chegar ao lucro ou ao prejuízo alcançados no exercício que está sendo analisado.
Aqui, vale destacar também que a estrutura de DRE para gestão pode ser customizada, ou seja, os dados podem ser adicionados de acordo com a necessidade de cada companhia, no caso de franquias, por exemplo, ela geralmente é mais padronizada pela marca franqueadora, que determina que tipo de informação ela deseja ver no relatório.
No caso de lojas próprias, também é possível encontrar modelos pré-determinados no mercado, mas eles são criados de acordo com o setor de atuação, como: vestuário, beleza, itens esportivos, entre outros.
Todavia, dependendo da atividade principal da empresa, essa disposição pode apresentar algumas especificidades. E, quanto mais detalhadas forem as informações, melhor tendem a ser as deliberações por parte dos gestores.
Qual a finalidade do DRE?
A principal finalidade do DRE, Demonstrativo de Resultado do Exercício, é apurar o resultado do negócio. Isto é, se a empresa teve prejuízo ou lucro em um determinado período.
O DRE é formada pelos seguintes componentes específicos:
- receitas e rendimentos obtidos no período analisado;
- despesas, custos, perdas e encargos que tenham sido pagos ou incorridos e que correspondam a esses rendimentos e receitas.
Mais adiante explicaremos como fazer DRE, seu cálculo e os tipos de receitas que devem ser inseridas.
Por ora, é importante relembrar que o Demonstrativo de Resultado do Exercício serve para analisar a saúde financeira do negócio e confirmar se o que foi planejado está sendo cumprido ou não.
Como resultado, os gestores têm uma visão mais realista da movimentação financeira da empresa, podem fazer previsões mais seguras, direcionar melhor os valores obtidos, entre diversas outras percepções que contribuem para tomadas de decisão mais precisas.
O objetivo deste documento é ter um diagnóstico mais preciso e direcionado a respeito da situação econômico-financeira, entre outras informações, extremamente úteis para o processo de gerenciamento da empresa.
Dica! Aproveite e leia também este artigo: “Relatórios gerenciais: por que são importantes na tomada de decisão?“
Como fazer a análise dos demonstrativos financeiros?
A princípio, a análise dos demonstrativos financeiros não é um processo complexo. Dessa forma, para avaliar os dados de maneira mais fácil, existem quatro tipos de análise que podem ser realizadas:
- contábil;
- financeira;
- da alavancagem financeira;
- econômica.
Análise contábil
A finalidade dessa análise é examinar os documentos contábeis para obter informações numéricas a respeito de dois ou mais intervalos de tempo. Com isso, é possível repassar os resultados para os stakeholders, especialmente acionistas e gestores.
Análise financeira
Essa avaliação financeira contempla, principalmente, indicadores que levam a uma verificação mais ampla. No caso, é possível considerar curto, médio e longo prazos em relação à velocidade do giro dos recursos financeiros.
Análise da alavancagem financeira
Já esta verificação permite mensurar o nível de utilização do capital de terceiros e os efeitos gerados para a formação da taxa de retorno do capital próprio.
Análise econômica
O objetivo dessa avaliação é mensurar a rentabilidade do capital próprio, a lucratividade, o lucro líquido por ação e o retorno dos investimentos operacionais.
Essas indicações deixam claro que a análise das demonstrações deve conter a avaliação de ativos e passivos, receitas e despesas; a verificação e a apuração de ações judiciais ou administrativas; e a análise de capital mínimo e de riscos.
Quais os benefícios da análise de demonstrativos financeiros?
A interpretação dos dados permite chegar a uma análise das demonstrações financeiras, o que é importante para a tomada de decisão.
Afinal, quanto mais informações forem filtradas, maior é a chance de o empreendedor elaborar um planejamento financeiro assertivo.
Com isso, a empresa conquista mais poder competitivo e destaque perante a concorrência. O resultado costuma ser um crescimento financeiro mais expressivo da organização.
Por outro lado, uma quantidade exagerada de informações pode ser inútil, porque o objetivo da análise é fornecer mais agilidade para a tomada de decisão.
Fica evidente, portanto, que os demonstrativos financeiros fornecem boas análises para que você possa tomar boas decisões.
Quais são os principais termos do DRE?
Voltando para como fazer DRE passo a passo, é bem importante que você comece conhecendo os termos que compõem esse documento. Dessa forma, ficará muito mais fácil estruturá-lo.
Por isso, listamos a seguir os principais, que são:
- receita operacional;
- vendas canceladas;
- abatimento sobre vendas;
- impostos que incidem sobre as vendas;
- receita operacional líquida;
- custo de serviços e mercadorias vendidos;
- lucro bruto;
- despesas operacionais;
- despesas gerais, de vendas e administrativas;
- imposto de renda, contribuição social e participações.
Receita operacional
Esse termo é sinônimo de receita bruta ou total das atividades da organização, e representa suas operações recorrentes. Ele é relativo aos produtos e/ou serviços vendidos no período do exercício.
Por exemplo, uma empresa que fabrica computadores tem sua receita operacional relativa à venda dos equipamentos. Já o dinheiro recebido pela venda de um terreno que pertencia a essa organização não é uma receita operacional nesse caso.
O importante a saber nesse quesito é que uma receita operacional alta não é indicativo de boa saúde financeira, ou de lucro.
Para chegar a essa constatação, é preciso descontar as despesas para, somente depois, chegar à receita líquida, que é o início da demonstração das finanças.
Vendas canceladas
As vendas canceladas são, como o próprio nome sugere, produtos que foram devolvidos pelos clientes ou serviços que foram rescindidos.
Isso pode ocorrer pelo não atendimento às expectativas dos consumidores, por inconformidades ou defeitos, entre diversas outras razões.
O motivo em si não importa. O principal, aqui, é avaliar a mercadoria que voltou para a companhia — e que, portanto, não gerou lucro — e encontrar meios para evitar esse tipo de déficit financeiro.
Abatimento sobre vendas
Esse fator é derivado dos descontos que foram dados aos consumidores por conta de defeitos apresentados nos produtos. Isso é recorrente, por exemplo, nas vendas de produtos do mostruário.
Impostos que incidem sobre as vendas
A tributação incidente sobre a venda pode ser bastante variada. Entre os tributos mais comuns, estão:
- Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
- Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);
- Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
É essencial destacar que esse elemento não considera o IR (Imposto de Renda), visto que esse será contabilizado ao final do Demonstrativo de Resultado do Exercício.
Receita operacional líquida
Esse é o resultado da receita operacional menos vendas canceladas, impostos que incidem sobre as vendas e abatimentos sobre as vendas.
O valor da receita operacional líquida é voltado para a cobertura das despesas e dos custos da empresa.
Custo de serviços e mercadorias vendidos
Esse elemento envolve todos os gastos relativos à produção, tais como mão de obra direta, matéria-prima, custos indiretos de fabricação e outros direcionados à aquisição da mercadoria ou do produto.
Por exemplo, uma empresa comercial tem o processo de compra de mercadorias para revenda como parte dessa categoria. Entretanto, uma companhia que presta serviços deve contabilizar todos os gastos necessários para obtê-los
No caso das indústrias e comércio, esse cálculo é mais fácil, e uma forma de fazer isso é destacar o valor de custo do estoque logo no início do exercício. Com o passar dos meses, basta acrescentar e diminuir o montante em dinheiro que restou no estoque no final do ano.
Lucro bruto
Esse é o resultado da diferença obtida entre a receita operacional líquida e o custo de serviços e mercadorias vendidos.
O lucro bruto, portanto, indica quanto de dinheiro a companhia recebeu após a redução dos custos de mão de obra e matéria-prima que foram utilizados para a produção dos bens.
Com o lucro bruto, também é possível calcular sua margem, que é obtida pela divisão desse resultado pela receita total, por exemplo:
- lucro bruto de R$ 100 mil e receita total de R$ 75 mil;
- margem de lucro bruto é: 100.000 / 75.000 = 1,33.
- para chegar ao percentual, basta multiplicar por 100, ou seja, o resultado é 133%.
Empresas que têm grande vantagem competitiva tendem a apresentar margens de lucro bruto mais altas. Isso é consequência do estabelecimento de preços bem acima dos custos para os produtos e serviços.
Recomenda-se uma margem de lucro bruto superior a 40% para conquistar uma vantagem competitiva durável, mas pode haver exceções, tais como companhias com baixa margem de lucro bruto e poucas despesas, o que representa lucro líquido alto.
Despesas operacionais
Essas despesas são aquelas que fazem a empresa funcionar no dia a dia. Ou seja, esses gastos são necessários para manter a atividade empresarial.
Alguns exemplos são as despesas administrativas e com vendas, como pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, comercialização de mercadorias, amortização, depreciação, entre outras.
Despesas gerais, de vendas e administrativas
Essa categoria de despesas também se refere às atividades operacionais, mas focam nas ações operacionais. Alguns exemplos são:
- pagamento de salários e encargos;
- aluguéis;
- comissões de vendas;
- despesas legais e judiciais;
- compra de material de escritório;
- gastos com viagens;
- entre outros.
O ideal é que essas despesas sejam mantidas em nível baixo para que, caso a receita diminua em algum período, o negócio continue obtendo lucro líquido, mesmo que menor.
Imposto de renda, contribuição social e participações
Esse elemento representa o pagamento de impostos sobre a renda da empresa. Por isso, demonstra o lucro verdadeiro, que é obtido depois de todas as deduções.
Como fazer DRE?
Com tudo isso em mente, podemos seguir para o passo a passo de como fazer DRE, certo?
O passo seguinte de como fazer DRE é justamente entender essa estrutura, a qual tem esta organização:
- 1ª linha: Faturamento total
- 2ª linha: Gastos variáveis
Deduz-se do faturamento total o valor dos custos gerados, tais como: deduções, Custo de Mercadoria Vendida (CMV), taxas da franqueadora, Fundo de Propaganda (FPP), Royalties, embalagens, fretes, taxas de cartão e comissões.
- 3ª linha: Margem de contribuição
Este corresponde ao resultado da subtração dos gastos variáveis no faturamento. O termo margem mostra que é a “diferença”, o que sobra. E o termo contribuição representa que o que sobra “contribui”.
- 4ª linha: Gastos fixos
Aqui, são analisados os valores em relação ao:
- Custo Total da Operação (CTO) > tais como aluguel, condomínio, entre outros;
- Equipe > salários, encargos, benefícios;
- Gastos administrativos > papelaria, terceiros, ferramentas.
- 5ª linha: Resultado operacional
Valor resultante da subtração de todos os gastos da unidade (loja ou franquia) com o faturamento.
- 6ª linha: Gasto não operacional
Corresponde a todos os gastos que não fazem parte diretamente da operação, tais como: pagamento de dívidas, investimentos, distribuição de lucros, entre outros.
- 6ª linha: Resultado final
É o valor total após o pagamento de gastos operacionais (GF+GV) e não operacionais.
Em seguida, é só interpretar o resultado para verificar se seu negócio está com uma boa saúde financeira ou se precisa melhorar nesse quesito.
Contudo, vale destacar que alguns empresários, por não conhecerem as diferenças entre os gastos, acabam incluindo gastos não operacionais dentro de compras normais (fixas ou variáveis) da unidade. Com isso, o resultado atinge resultados equivocados no DRE, prejudicando a análise.
Para entender melhor sobre esse assunto, recomendamos ler o artigo: Gastos fixos e variáveis
Quais são as vantagens do DRE?
Certamente, uma das principais vantagens do Demonstrativo de Resultado do Exercício é que esse documento financeiro gera diversas informações que podem (e devem) ser analisadas e usadas para embasar decisões empresariais. Também por esse motivo é tão importante saber como fazer DRE.
Um bom exemplo é a verificação da evolução das receitas ao longo do tempo, que pode indicar se o negócio está seguindo o ritmo de crescimento diferente do esperado pelos seus gestores. Para isso, são necessárias informações de, no mínimo, dois períodos consecutivos.
A evolução dos gastos incorridos também é uma informação disponível no DRE que pode auxiliar os gestores na identificação de novas estratégias para a companhia.
Quando analisados ao longo do tempo, esses custos operacionais podem indicar a necessidade de revisão de procedimentos produtivos — fator que ajuda a melhorar o desempenho geral da empresa.
Nesses casos, além da necessidade de ter nas mãos dados confiáveis, é preciso se atentar às variações tanto em valores absolutos quanto em valores percentuais, para não dar atenção desnecessária a um item ou deixar equivocadamente algo importante sem análise.
O que é análise vertical e análise horizontal do DRE?
A análise horizontal e a análise vertical são técnicas de análise de dados que têm por objetivo gerar informações estratégicas para uma empresa. Por isso, elas também são aplicáveis no processo voltado para como fazer DRE.
Assim, por meio de comparações, é possível identificar o que está melhor, e pior, dentro de um período analisado.
Análise horizontal
A análise horizontal é realizada com informações de, pelo menos, dois períodos consecutivos que tenham a mesma natureza, tais como caixa, bancos ou vendas.
Para entender melhor esse contexto, imagine dados provenientes de despesas financeiras, aquelas com juros, incorridas por uma empresa. No primeiro ano, o valor total gasto foi de R$ 4 mil e, no segundo, de R$ 7 mil.
Nessa situação, deve-se analisar a variação em termos percentuais, e não apenas pela diferença monetária, que é de R$ 3 mil.
A diferença percentual é de 75% positivos, ou seja, o valor se elevou em 75% de um ano para o outro. Contudo, para saber se tal variação é, de fato, relevante, os dados gerais também devem ser analisados.
Caso, no geral, a empresa apresente variações sempre muito pequenas (na ordem de 20%, por exemplo), esse valor de 75% deve receber atenção especial.
Entretanto, se as variações normais da companhia sempre ultrapassam 100%, não é o caso de se dar tanta atenção ao valor de 75%.
Outro fator a ser considerado é o valor absoluto em relação à estrutura empresarial.
No caso apresentado, a variação foi de R$ 3 mil.
Assim, se for analisada a receita total gerada por uma entidade, e o crescimento tiver sido superior a R$ 100 mil, esse valor fica menos importante. Ao passo que, se a receita tiver se mantido estável do primeiro para o segundo ano, o valor de R$ 3 mil se destaca.
Contudo, podemos concluir que a análise horizontal compara o negócio mensalmente e avalia os percentuais de crescimento ou queda de cada conta.
Dica da F360
Uma forma interessante de fazer essa análise é medir percentualmente os números de um DRE mensal comparando com o DRE do mesmo mês, mas no ano anterior. Assim, fica minimizado o efeito da sazonalidade, avaliando meses com comportamento de compra semelhantes.
Análise vertical
Nesse sentido, a análise vertical completa a horizontal no DRE por considerar dados de apenas um período, e também por realizar uma análise das partes com o todo.
No caso das despesas financeiras, por exemplo, uma comparação possível seria com o total de receitas.
Se esse valor sofrer variações percentuais significativas de um período para outro, é um indicativo que as despesas financeiras, quando comparadas com as receitas totais, ganharam ou perderam importância dependendo da variação — o que pode demandar atitudes por parte da gestão da empresa.
Resumindo, com esse tipo de análise é possível entender quanto cada grupo de gastos representa percentualmente no faturamento do negócio.
Como são feitos os cálculos da análise horizontal e vertical?
Na análise horizontal, deve-se considerar o dado mais antigo como base e a variação ocorrida como numerador.
Assim, no caso dos juros de R$ 4 mil para R$ 7 mil, a variação é de R$ 3 mil. Então, dividindo-se R$ 3 mil por R$ 4 mil, tem-se a relação de 0,75, ou seja, 75%.
Porém, isolada, essa informação não demanda necessariamente uma atitude por parte dos gestores. É necessário, portanto, partir para a análise vertical.
Supondo uma receita total no segundo ano de R$ 1 milhão, o valor de R$ 7 mil deve ser dividido por esse total, gerando o valor de 0,007, ou 0,7%.
Isso evidencia que, embora com uma variação de 75% de um ano para outro, as despesas financeiras representam muito pouco das receitas totais, indicando, nesse momento em específico, pouca representatividade de tal dado.
Como tirar conclusões com base na análise horizontal e vertical?
Como dissemos, esses indicadores financeiros gerados pela análise horizontal e vertical do DRE ajudam os gestores a tomar decisões estratégicas para o negócio, mas precisam sempre ser analisados em conjunto.
Nunca se deve, por exemplo, avaliar apenas os dados de análise horizontal ou vertical isoladamente.
Considerando o caso anterior, um valor de 75% (visto como alto) não terá tanta importância, já que representa menos de 1% do total das receitas de uma entidade naquele mesmo período.
E a projeção dos resultados é outro ponto que pode ser analisado, pois, com base no passado e no presente da companhia, é possível visualizar o futuro por meio de um DRE projetado, auxiliando no processo de tomada de decisão.
Lembre-se de que, quanto mais você entender os resultados apresentados pelo seu negócio e as particularidades do mercado no qual atua, melhores serão as chances de tomar uma boa decisão para sua empresa.
Inclusive, esse é mais um motivo pelo qual é tão importante saber como fazer DRE corretamente e de quais maneiras usar desse documento financeiro a seu favor.
Como a F360 ajuda a aprimorar a gestão financeira da sua empresa?
A F360 ajuda a aprimorar a gestão financeira da sua empresa, porque oferece uma solução que contempla não apenas a elaboração do DRE, mas também:
- conciliação de cartões;
- conciliação bancária;
- conciliação com vouchers;
- fluxo de caixa;
- contas a pagar e a receber;
- planejamento orçamentário;
- integração com PDV e adquirentes.
No caso, estamos falando do F360 Finanças, sistema que permite a gestão financeira do seu negócio de maneira simples, mas completa!
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FAQ – Perguntas frequentes sobre DRE
O que é um DRE e qual é a sua importância?
O Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) é um documento que ajuda no planejamento financeiro por mostrar os frutos da companhia em um determinado período. O cálculo considera um valor de referência para descobrir se o empreendimento deu lucro ou prejuízo.
Quais são os principais componentes de um DRE?
Os principais termos que compõem um DRE são:
- vendas canceladas;
- abatimento sobre vendas;
- receita operacional e líquida;
- impostos sobre as vendas;
- custos de serviços e mercadorias;
- despesas operacionais, de vendas e administrativas;
- lucro bruto.
Como calcular o lucro líquido em um DRE?
Para calcular o lucro líquido em um DRE, subtraia os custos totais de despesas fixas (quanto a empresa paga para funcionar, o que inclui os custos fixos e variáveis) da receita total (o quanto o negócio recebeu).
Qual a diferença entre DRE e balanço patrimonial?
O DRE mostra o desempenho financeiro do empreendimento, o que permite avaliar seus resultados em um período e facilitar a tomada de decisões. Já o balanço patrimonial serve para identificar a situação financeira do negócio a fim de prever sua estabilidade.
Qual é a periodicidade recomendada para a elaboração de um DRE?
A periodicidade recomendada para elaboração de um Demonstrativo de Resultado do Exercício é de 12 meses, a fim de ajudar no planejamento do ano seguinte. Porém, o DRE também pode servir para monitorar o desempenho da empresa mês a mês.