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Finanças 28/07/2023

O guia completo da Nota Fiscal Eletrônica: vantagens, tipos e como emitir!

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A Nota Fiscal Eletrônica representa uma revolução na forma como empresas lidam com suas transações comerciais e como o Fisco acompanha a arrecadação de impostos. Com agilidade e praticidade, ela substituiu as notas fiscais em papel, trazendo inúmeros benefícios para os negócios. 

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Dessa forma, é fundamental compreender seu funcionamento, obrigações legais e os diferentes tipos que existem para atender às diversas modalidades de operações. Neste artigo preparamos um guia completo sobre esse tema, vamos lá!

O que é a Nota Fiscal Eletrônica?

A Nota Fiscal Eletrônica é um documento digital criado para substituir as notas fiscais em papel utilizadas nas operações de compra e venda de produtos e serviços. 

Seu objetivo principal é registrar a transação comercial entre as partes interessadas, fornecendo informações detalhadas sobre os produtos, valores, impostos, e os envolvidos na operação: o emitente (fornecedor) e o destinatário (cliente).

Portanto, a implantação da NF-e foi um avanço significativo na modernização do sistema tributário, promovendo maior eficiência e segurança nas operações fiscais. Com ela, todas as etapas da emissão, transmissão, recebimento, armazenamento e consulta, ocorrem eletronicamente, o que proporciona agilidade nos processos, evitam erros e facilitam a gestão financeira do empreendedor.

Cada um destes documentos possui um número único de identificação, chamado de chave de acesso. O XML é o formato de arquivo que armazena de forma digital todas estas informações referentes às notas fiscais eletrônicas. 

Essa estrutura permite a rastreabilidade e validação perante a Receita Federal e os órgãos fiscais estaduais, evitando irregularidades e permitindo o aprimoramento do processo de fiscalização. 

Para garantir a segurança, o XML é validado por meio de um certificado digital, conferindo integridade e confiabilidade nas transações comerciais eletrônicas. 

Além disso, a Nota Fiscal Eletrônica possui validade jurídica, sendo um instrumento legalmente reconhecido para fins fiscais e contábeis, tanto para o emissor quanto para o destinatário.

Leia também: Certificado digital A1: Entenda o que é e descubra para que serve!

Como surgiu a Nota Fiscal Eletrônica?

A Nota Fiscal Eletrônica é uma realidade na legislação brasileira desde 2009, mas seu projeto de implementação começou em 2006. Após um período de testes e adaptações da tecnologia dos órgãos estatais, a sua implantação definitiva foi instituída na publicação do Protocolo ICMS 42/09.

Essa norma estabeleceu a obrigação da utilização do documento digital em substituição à Nota Fiscal em papel, para os modelos 1 ou 1-A, de acordo com o critério de CNAE e operações com os destinatários que especifica. 

A partir desse momento, as unidades federativas começaram a aderir ao projeto, e a NF-e foi gradativamente se expandindo para todo o território nacional. 

Até então, as notas fiscais eram predominantemente em papel, o que gerava custos elevados de impressão, armazenamento físico e dificuldades na fiscalização das transações comerciais.

Com o passar dos anos, a NF-e evoluiu e passou a abranger diferentes tipos de operações e atividades econômicas. O sistema ganhou robustez e segurança, garantindo a autenticidade e a validade jurídica dos documentos eletrônicos. 

Atualmente, ainda existem lugares no Brasil que permitem a emissão de nota fiscal em papel, porém, em diversos estados isso não é mais possível, o que obriga o uso da sua versão digital.

Vantagens e benefícios da Nota Fiscal Eletrônica

Hoje, a NF-e é uma realidade consolidada no país e faz parte do cotidiano das empresas, sendo uma ferramenta essencial para vendedores, consumidores e sociedade. 

Reunimos a seguir as vantagens desse documento digital, de acordo com o grupo de interesse, acompanhe!

Benefícios da nota fiscal eletrônica para o vendedor

  • Redução da burocracia;
  • Agilidade no processo de emissão e recebimento;
  • Aprimora a gestão contábil e fiscal;
  • Agiliza processos comerciais;
  • Promover a transparência nas relações fiscais;
  • Redução de custos de impressão do documento fiscal;
  • Rastreabilidade e segurança na transação comercial;
  • Maior credibilidade junto aos clientes;
  • Integração com sistemas de gestão.

Vantagens da nota fiscal eletrônica para o consumidor

  • Acesso facilitado às informações, consulta e arquivamento;
  • Menor risco de perda do documento;
  • Maior tranquilidade ao cliente sobre a origem e a regularidade da transação comercial;
  • Praticidade na troca e devolução de produtos;
  • Facilidade na garantia de produtos.

Benefícios da nota fiscal eletrônica para a sociedade

  • Combate à sonegação fiscal;
  • Maior transparência nas transações;
  • Padronização e integração com órgãos fiscais;
  • Análise de dados para políticas públicas;
  • Fiscalização mais eficiente;
  • Contribuição para a preservação ambiental. 

Quem precisa emitir a nota fiscal eletrônica?

A emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) é obrigatória para diversas empresas que realizam operações comerciais no Brasil, considerando diferentes critérios e atividades econômicas. Abaixo, vamos destacar alguns dos principais grupos que têm essa obrigatoriedade:

Empresas com Regime Tributário de Lucro Real ou Presumido

Esse grupo abrange a maioria das organizações que operam no mercado e optam pelo regime de tributação do Lucro Real ou Lucro Presumido.

Empresas do Simples Nacional

Aqui, a obrigatoriedade varia conforme a atividade econômica e a legislação estadual.

Contribuintes do ICMS

Todos os negócios que são contribuintes do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) têm a obrigatoriedade de emitir a NF-e. O ICMS é um imposto estadual, e a NF-e é a forma padrão de registro das operações sujeitas a esse imposto.

Prestadores de Serviço

Organizações que prestam serviços em que há a incidência de Imposto sobre Serviços (ISS) estão sujeitas à emissão da NFS-e. Essa obrigatoriedade pode variar de acordo com as regras específicas de cada município.

Empresas que realizam importação e exportação

Organizações que realizam operações de importação e exportação de mercadorias também precisam emitir a Nota Fiscal Eletrônica de Importação e a Nota Fiscal Eletrônica de Exportação, respectivamente.

Empresas que realizam vendas para consumidores finais

Esse grupo abrange os negócios que vendem diretamente para o consumidor final, como lojas, franquias e varejistas, e estes devem emitir a Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e) para cada venda realizada.

No entanto, vale ressaltar que a legislação tributária pode sofrer alterações ao longo do tempo, o que pode afetar os critérios de obrigatoriedade para a emissão da NF-e. 

É importante que os empreendedores estejam atentos às atualizações legais e busquem o apoio de profissionais contábeis para garantir o cumprimento correto das obrigações fiscais e evitar possíveis penalidades por descumprimento. 

A emissão correta da NF-e é fundamental para a legalidade das operações comerciais e para a transparência nas relações fiscais.

Quais são os principais tipos de NF-e?

Existem diversos tipos de Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e), cada uma com características específicas e destinadas a atender diferentes modalidades de operações e atividades econômicas. Abaixo, vamos explorar os principais tipos de NF-e existentes:

Nota Fiscal de Produto Eletrônica (NF-e)

Utilizado para vendas de produtos entre empresas (B2B) e nas vendas para consumidores finais (B2C), este modelo é o mais comum e abrange a maioria das operações de circulação de mercadorias, tanto dentro do território nacional como em transações de importação e exportação. Ele é

Exemplo: 

Ao realizar uma compra pela internet, o consumidor recebe junto com a mercadoria uma versão da NF-e conhecida como Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (DANFE). Esse arquivo acompanha o produto durante todas as etapas de transporte, garantindo a prevenção de possíveis complicações com a fiscalização.

Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e)

Emitida pelas prefeituras ou órgãos responsáveis pela administração tributária municipal, esta nota é específica para registrar a prestação de serviços para outras organizações ou consumidores.

Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e)

Este modelo é destinado às vendas de varejo para consumidores finais, ou seja, nas operações comerciais realizadas diretamente com o público em geral. Ela simplifica o processo de emissão e transmissão das informações para os órgãos fiscais, reduzindo os custos e a burocracia para os estabelecimentos comerciais.

Nota Fiscal de Importação Eletrônica e Nota Fiscal de Exportação Eletrônica

Esses dois documentos são utilizados para registrar as operações de importação e exportação de mercadorias perante a Fazenda.

Contudo, vale ressaltar que além desses principais tipos de NF-e abordados neste artigo, existem outras modalidades que atendem às diferentes situações e cada um possui layout e detalhes técnicos específicos para sua finalidade.

Para estar em conformidade com as exigências legais e fiscais do Brasil, os gestores precisam compreender as particularidades de cada modelo e área de atuação ou contar com a ajuda de profissionais especializados para garantir o cumprimento correto das obrigações fiscais

Como funciona a emissão da Nota Fiscal Eletrônica?

A emissão destes documentos digitais pode ser realizada de duas formas: manualmente ou automaticamente, através de sistemas online. 

No primeiro método, o processo envolve o preenchimento das informações necessárias diretamente no Portal da NF-e, acessado pelo site da Secretaria da Fazenda do estado. O emitente deve inserir todos os dados da transação, como:  descrição dos produtos, valores, impostos incidentes, além das informações sobre o comprador.

Por outro lado, a emissão automática é realizada por meio de sistemas online, integrados ao software de gestão da empresa. Nessa situação, os dados das vendas são previamente inseridos, e a NF-e é gerada automaticamente com base nas informações já cadastradas, assim como acontece no  F360 Emissor

Em ambos os casos, a NF-e é gerada em formato eletrônico, utilizando o padrão XML, que armazena todas as informações da transação de forma estruturada e segura. Após a emissão, o documento é assinado digitalmente pelo emissor, garantindo a autenticidade e a validade jurídica. 

A utilização dos sistemas de emissão online tem se tornado cada vez mais comum entre as empresas, pois além de agilizar o processo, reduzir o tempo na elaboração, e minimizar erros de preenchimento, eles permitem o armazenamento automatizado das NF-es, facilitando a consulta e a gestão dos documentos fiscais. 

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Escrito por:

Maurício Galhardo

Head e curador do F360 Educa, apaixonado por finanças, autor de três livros de negócios e gestão financeira, com ampla experiência em treinamentos e palestras. Já treinou mais de 20 mil pessoas no varejo!

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