Quando um obstáculo ou imprevisto bate à porta, é hora de colocar em prática as estratégias de gestão de crises financeiras. Ter um plano detalhado salva muitos negócios durante períodos instáveis da economia ou política nacional e internacional.
A pandemia da Covid-19, por exemplo, deixou bem claro que é preciso ajustar a rota quando aparece uma crise no caminho.
Empresas preparadas conseguem transformar as dificuldades em oportunidades e, assim, sobreviverem à turbulência nas vendas e nas contas.
Para atingir os resultados esperados, é fundamental, portanto, saber como gerenciar uma crise financeira conforme a realidade da marca.
Aproveite este texto para tirar suas dúvidas e conhecer estratégias para atravessar o período de oscilações no mercado.
O que é gestão de crises financeiras no varejo?
A gestão de crises financeiras diz respeito ao conjunto de estratégias e ações para lidar com situações adversas que afetam o equilíbrio das contas de lojas e franquias durante períodos de incertezas no mercado.
O objetivo é identificar antecipadamente os sinais de problemas financeiros e avaliar o potencial impacto no negócio. A partir da análise, cria-se um plano com práticas e medidas protetivas e corretivas para mitigar os riscos e danos.
Cabe destacar que é uma abordagem proativa e reativa, ou seja, essa gestão não espera a crise chegar, pois já se preparou para a turbulência.
O planejamento inclui, por exemplo, renegociação de dívidas, corte de custos e ajustes operacionais para manter a estabilidade financeira da marca.
Quais as fases do gerenciamento de crises?
As três principais fases do gerenciamento de crises financeiras são: prevenção (ou preparação), resposta (durante o período de caos) e recuperação (restaurar o que restou). Veja detalhes sobre cada uma.
- Prevenção: acompanha tendências e mudanças no cenário interno e externo do negócio e visa identificar riscos potenciais. É o momento de criar o plano de preparação que inclui um fundo de emergência e o aumento do capital de giro.
- Resposta: ao chegar o caos da crise financeira, é hora de implementar o plano e minimizar os danos, com uma comunicação interna eficaz e monitoramento rigoroso dos resultados.
- Recuperação: a última fase é dedicada a avaliar o impacto da crise, as estratégias mais eficientes e restaurar a normalidade ao ajustar processos após o período mais turbulento. Também inclui a retomada de crescimento.
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Como gerenciar uma crise financeira?
Para gerenciar uma crise financeira, é fundamental seguir as fases acima e ter uma abordagem estratégica e bem-coordenada. O primeiro passo é avaliar com calma a situação para identificar suas causas, como o cenário afeta a loja e suas tendências de evolução.
Depois, é hora de ajustar o plano de gerenciamento de crise para adaptá-lo ao contexto atual. Antes de implementá-lo, converse com as equipes e mostre sua importância e o objetivo principal. Afinal, para dar certo, é fundamental que todos se envolvam e alinhem ações e prazos.
As medidas para administrar os danos podem ser:
- redução de custos operacionais;
- renegociação e gestão de dívidas com credores;
- venda de ativos não essenciais;
- negociação de preços e condições de pagamento com fornecedores;
- foco na venda de produtos com maior margem de lucro;
- manutenção da comunicação clara e eficaz com a equipe.
Por fim, acompanhe os resultados das estratégias em andamento e, conforme necessário, faça ajustes para manter a estabilidade financeira da marca.
Um detalhe importante é usar tecnologias para automatizar tarefas e gerar aumento de produtividade, e centralizar todos os dados relevantes para monitorar a situação de perto.
Exemplo de gestão de crises financeiras no varejo
A crise das Lojas Americanas impactou todo o setor varejista com o pedido de recuperação judicial. Afinal, o rombo nas contas foi grande.
Após a descoberta da situação financeira, a gestão elaborou um plano de recuperação, homologado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), com quatro fases:
- frear a crise;
- gerar mais caixa operacional;
- resgatar a cultura de empresa varejista;
- reiniciar o crescimento.
As medidas do plano incluem, por exemplo, a venda de ativos não essenciais, como do Grupo Uni.Co (dona das redes Puket, Imaginarium e Love Brands), Hortifruti e Natural da Terra, e o leilão do jatinho Embraer Phenom 300 por R$ 47 milhões.
Além disso, entre outras ações, os acionistas Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, donos da gestora 3G Capital, aumentaram o capital de giro da marca em R$10 bilhões.
Como criar um plano de gestão de crises?
Para criar um plano de gestão de crises, o principal ponto é estudar detalhadamente a real situação da marca, afinal, você deve adaptar as estratégias conforme a necessidade.
Após organizar e analisar os dados financeiros e contábeis, inicie uma investigação mais profunda para definir as estratégias com precisão. Veja o que incluir no seu plano:
- identificação de riscos: projete a evolução da crise e como afeta o negócio, como problemas financeiros, operacionais e de reputação da marca;
- classifique os riscos: categorize os riscos com base em sua probabilidade e impacto potencial. Priorize os riscos mais críticos que precisam de ação rápida;
- pense nas estratégias: desenvolva estratégias para cada risco, como plano de contingência, medidas de mitigação e ações corretivas;
- atribua as responsabilidades: explique a cada colaborador sua função e importância para estancar a crise e defina processos e fluxos de trabalho;
- treine a equipe: promova simulações de crise para preparar a equipe e testar a eficácia do plano e ainda visualizar os possíveis cenários em curto e longo prazo;
- monitore os resultados: assim que iniciar a execução do plano, monitore os resultados por meio de indicadores de desempenho e faça ajustes quando necessário.
Use a tecnologia para gestão de crises financeiras
Para prevenir crises potenciais e gerenciar momentos de turbulência no mercado, use o sistema de gestão financeira F360 Finanças, software automatizado completo para integrar e analisar dados e gerar relatórios para monitorar os resultados regularmente.
Seus recursos avançados incluem gestão do fluxo de caixa, controle de estoque, conciliação bancária e de cartões, projeção de despesas, planejamento orçamentário, criação de relatórios e demonstrativos e muito mais.
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