Empreendedorismo 11/10/2023

Como deve ser o relacionamento entre franquias e franqueados?

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Muitas vezes comparado a um casamento, o relacionamento entre franquias e franqueados é um dos mais delicados no ambiente de negócios.

Isso porque ambas as relações envolvem uma série de regras predefinidas, diálogos constantes, sintonia, proximidade, duplo ganho financeiro e expectativas e pensamentos que deveriam ser os mesmos, mas nem sempre são.

Mesmo que o objetivo das duas partes seja fortalecer a franquia, é essencial levar em conta que cada uma delas possui pontos de vista distintos.

O que garante que um operador de unidade não perca a confiança no franqueador? Como um franqueador pode assegurar que sua marca será bem administrada pelo franqueado? Como construir um bom relacionamento entre franquias e franqueados?

O sistema de franchising está exposto a diversos tipos de conflitos. Afinal, mais do que uma relação contratual, é uma parceria entre pessoas, e isso faz toda diferença.

No artigo de hoje, vamos mostrar o que significa um bom relacionamento entre franquias e franqueados, quais são os pilares dessa relação e como ela deve ser desenvolvida para o benefício de ambos. Acompanhe a seguir!

Qual a importância do relacionamento em franquias?

A importância do relacionamento em franquias é, principalmente, garantir o bom desempenho da unidade e da marca. Essa relação deve ser amigável e permitir uma boa gestão do negócio, resolvendo desafios em parceria. Em outras palavras, o relacionamento entre franquias e franqueados é um dos pilares do sucesso corporativo.

Assim, quando a relação é saudável entre as partes, há colaboração e compartilhamento de desafios e ações. Logo, para que ambos atinjam o sucesso, é preciso que se apoiem, dialoguem, troquem informações valiosas e construam um planejamento conjunto de crescimento escalável.

Esse relacionamento possui algumas demandas para cada envolvido, por exemplo:

  • franqueador: responsável por cuidar dos franqueados da rede e promover suporte operacional, como marketing, inovação, mentoria, treinamentos, metodologias de trabalho e sistemas de gestão financeira, de clientes, entre outros;
  • franqueado: responsabilidade de honrar o nome da marca junto a clientes, colaboradores e rede.

O que significa um bom relacionamento entre franquias e franqueados?

Uma boa relação entre franquias e franqueados significa comprometimento e parceria. Dessa forma, ambos conseguem alinhar sinergias e trabalhar de maneira amigável, respeitosa e colaborativa, focando no crescimento da marca. O relacionamento deve envolver aspectos com regras definidas com clareza e comunicação adequada.

Outros fatores que fazem parte de uma boa relação de franquias com franqueados são:

  • facilidade de comunicação e diálogo;
  • empatia e escuta ativa;
  • manutenção de documentos;
  • conhecimento da lei;
  • honestidade e transparência;
  • compartilhamento de informações relevantes;
  • participação dos franqueados em conselhos, comitês e reuniões estratégicas;
  • parceria para o desenvolvimento de produtos e serviços.

Por que investir no bom relacionamento entre franquias e franqueados?

Manter um bom relacionamento entre franquias e franqueados oferece diversos benefícios a ambas as partes, como:

  • promoção de melhorias;
  • identificação de gargalos operacionais;
  • padronização de pontos positivos;
  • fortalecimento da marca;
  • melhor atendimento ao cliente;
  • gestão financeira adequada;
  • e colaboração para resolver os desafios locais e globais.

A franquia, por exemplo, pode ser impactada com a inauguração da loja concorrente na região. Com isso, franqueado e franqueador devem trabalhar em conjunto para não perderem clientes.

Leia também: Conflito entre franqueado e franqueador: como solucionar?

Como construir um bom relacionamento entre franquias e franqueados?

Para criar uma boa relação entre franquias e franqueados, é necessário adotar medidas como transparência na relação; assistência; confiança; reconhecimento dos esforços mútuos; participação dos responsáveis pela franquia em reuniões importantes e respeito pelas obrigações e pelos direitos das partes.

Confira a seguir detalhes sobre cada uma das dicas para melhorar o relacionamento com os franqueados!

1-Transparência no início da relação

Uma das principais causas de insatisfação nos franqueados é a baixa rentabilidade do modelo de negócio licenciado. Muitas vezes, os empreendedores não calculam muito bem o impacto que as taxas, os royalties e os futuros investimentos obrigatórios podem causar em sua margem de lucro.

Isso, claro, gera uma frustração enorme para quem entra cheio de expectativas na compra de uma franquia.

No entanto, esse é um problema que deve ser resolvido antes mesmo de o contrato ser assinado. Quando um empreendedor se interessa em adquirir a licença de uso de uma franquia, o franqueador é obrigado por lei a fornecer a Circular de Oferta da Franquia (COF).

Esse é um documento que apresenta as condições gerais do negócio e as obrigações de franqueador e franqueado, como as questões das taxas, do suporte, dos preços praticados, das projeções financeiras, da cláusula de não-concorrência, do limite geográfico de atuação, da confidencialidade, entre outros pontos.

É nesse início que as duas partes devem alinhar suas expectativas para que não existam surpresas desagradáveis no futuro.

2-Assistência dada pelo franqueador

Se tem algo que interfere diretamente no sucesso dessa parceria é o suporte oferecido pelo franqueador.

Mesmo que haja um COF ou uma cartilha de boas práticas para os operadores de unidades, é fundamental o acompanhamento próximo daquele que melhor detém conhecimento sobre a gestão da franquia.

O franqueador, por meio de equipes de expansão e capacitação, deve preparar seus franqueadores e respectivos colaboradores a utilizar o padrão da franquia no atendimento aos clientes, na comercialização dos produtos ou serviços, na negociação com fornecedores, na gestão financeira e em outras áreas estratégicas.

Isso pode ser feito por meio de treinamentos, palestras, reuniões e consultorias de campo. De todo modo, é importante que o franqueador esteja acessível ao franqueado sempre que este necessitar de algum suporte.

Continue aprendendo: https://f360.com.br/blog/franquias/treinamentos-para-franquias/

3-Confiança do franqueado no franqueador

Essa proximidade entre as duas partes é importante para despertar a confiança no franqueado. Aliás, essa é uma característica fundamental para manter o equilíbrio e o sucesso desse relacionamento.

Qualquer tipo de afastamento, omissão de informações ou insatisfação pode acarretar uma crise de desconfiança do franqueado em relação ao franqueador.

O gestor de uma unidade de negócios precisa enxergar no licenciador da marca um parceiro para que suas metas e seus sonhos sejam alcançados. Afinal, ele investiu acreditando no modelo de negócio adquirido.

Por outro lado, o franqueador precisa monitorar as movimentações de suas unidades. Ele não pode correr o risco de o franqueado se tornar autônomo o suficiente para tomar decisões que fujam das práticas recomendadas.

Se o franqueado não se sentir amparado, ficará mais perdido ou será autônomo demais na gestão do negócio.

4-Reconhecimento dos esforços do franqueado

Algo que pode ajudar muito o ganho de confiança do franqueado é o reconhecimento. Esse é um princípio que norteia diversas relações trabalhistas e sociais e que costuma funcionar muito bem.

Afinal, quem não gosta de se sentir reconhecido por um trabalho bem-feito ou por uma meta atingida?

Querer ser recompensado por desafios cumpridos faz parte do aspecto humano. Por isso, uma franquia que aposta em um sistema de gratificações dentro da sua gestão de rede tende a ser mais bem-sucedida.

Esses sistemas ou programas de recompensas devem ter critérios claros de classificação e funcionamento para que todos disputem os prêmios nas mesmas condições. O importante é que não exista privilégios.

As unidades podem ser reconhecidas em conversões da franquia ou nos canais públicos da marca. Já as premiações dependerão muito de cada missão ou meta estipulada pelo franqueador, e elas podem ir tanto para franqueados quanto para seus respectivos funcionários.

5-Participação dos operadores em reuniões estratégicas

Muitos franqueados sentem falta de uma maior participação no desenvolvimento da franquia como um todo. Por outro lado, franqueadores são resistentes a esse tipo de participação. Porém, é bom considerar que novas ideias podem ser bem-vindas para o aprimoramento da relação e do modelo de negócio.

Os empreendedores que pagaram para licenciar a marca podem dominar o negócio tão bem a ponto de terem sugestões que contribuam para o funcionamento de toda a rede.

Nesse caso, ao abrir canais para ouvir essas ideias, a rede aumenta a confiança dos franqueados e faz eles se sentirem mais pertencentes à estrutura da franquia.

Tudo isso se trata de uma gestão participativa. Quando esse conceito é aplicado, os operadores passam a ter mais voz para expor novas oportunidades e apresentar problemas que nem sempre são detectados pelos franqueadores.

Isso pode ser feito por meio de centrais dos franqueados, de convenções regionais ou de reuniões estratégicas entre licenciadores e um grupo de operadores.

6-Respeito aos direitos e deveres

Voltando um pouco aos aspectos contratuais, franqueadores e franqueados possuem uma série de direitos e deveres a serem cumpridos para que a parceria se mantenha saudável.

O franqueador deve:

  • repassar todo o modelo de gestão para os operadores;
  • ceder o direito de uso da marca;
  • oferecer treinamentos e consultorias;
  • aprovar ações de marketing;
  • implantar novas unidades;
  • atualizar os franqueados sobre novos padrões de funcionamento da franquia.

Já o franqueado, entre outras funções, precisa:

  • seguir as regras impostas no COF;
  • cuidar da gestão do seu negócio (ele também pode ser dependente do franqueador o tempo todo);
  • cumprir as metas de vendas;
  • pagar as taxas e os royalties previstos no contrato;
  • fornecer relatórios financeiros;
  • atuar dentro do território definido;
  • zelar pela imagem da marca licenciada.

Essas ações visam criar mais união e sinergia nesse relacionamento entre franqueado e franqueador. As boas práticas apresentadas aqui ajudam a evitar problemas que possam  comprometer o crescimento da franquia, a geração de lucros e, consequentemente, a estabilidade do modelo de negócios.

Como melhorar a gestão de franqueados?

Para que o relacionamento seja saudável e duradouro, é preciso que a gestão acompanhe os progressos e desafios enfrentados por cada unidade. Para isso, a chave é utilizar um software de gerenciamento que consolida os resultados financeiros de todas as franquias, automatiza processos e padroniza os indicadores fornecidos nos relatórios.

E uma das opções mais completas é o F360 Painel. Ele foi desenvolvido para as franqueadoras acompanharem o desempenho de todos seus franqueados e fornece recursos, como:

  • criação de clusters;
  • padronização de DRE e DFC;
  • gestão do plano de contas;
  • exportação de dados;
  • suporte estratégico;
  • novas oportunidades;
  • dashboard personalizável;
  • sistema responsivo.

Quer saber como esse sistema de gestão financeira pode potencializar o alcance dos resultados de todas as unidades e da rede? Faça uma demonstração gratuita do F360 Painel!

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Escrito por:

Carolina Ferrari

Gerente de marketing da F360