homem digitando no notebook e acima aparecendo vetores de lojas
Empreendedorismo 14/07/2017

Como manter o controle de qualidade de filiais? Guia completo

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Quando uma empresa cresce, é inevitável a responsabilidade aumentar na mesma proporção. Afinal, gerenciar tantos processos demanda tempo e conhecimento adicionais. Por isso, as dúvidas em relação ao controle de qualidade de filiais deixam os gestores cautelosos sobre como expandir as atividades e manter o mesmo nível de entrega.

É bem verdade que uma companhia que funciona com mais braços consegue atingir uma fatia maior do mercado.

No entanto, deve-se considerar alguns desafios a fim de garantir uma gestão eficiente, porque a falta de controle e acompanhamento coloca tudo a perder. 

Sobretudo quando envolve matriz e filiais, pois o padrão e a qualidade dos serviços prestados não podem ser alterados, ainda que os estabelecimentos funcionem em lugares diferentes.

E é exatamente aí que alguns conceitos se tornam confusos e geram dúvidas entre os empreendedores. Vale a pena ou não expandir? 

A situação piora quando levamos o assunto para o universo contábil, porque diferenciar as responsabilidades financeiras da matriz e da filial não é uma tarefa simples.

Porém, neste artigo, apontamos como funciona o controle de qualidade de filiais, o que considerar no processo e como colocá-lo em prática.

Vamos lá? Aproveite a leitura!

Como funciona o controle de qualidade de filiais?

O controle de qualidade de filiais acontece por meio de coleta, integração e análise de dados e informações de cada unidade para identificar erros, oportunidades de melhorias e padronizar os processos conforme estabelecidos pela matriz. O objetivo de todas as atividades é gerar competitividade no mercado.

Afinal, imagina a frustração de um cliente ao frequentar duas lojas da mesma marca e ser atendido de maneira diferente em cada uma delas? Isso prejudica a imagem e a reputação da empresa no mercado, reduzindo seu desempenho ao longo dos anos.

Uma filial deve seguir as regras e diretrizes da matriz, ao funcionar como uma unidade operacional, ou seja, a extensão da empresa-mãe em outras regiões. 

Nesse sentido, o controle de qualidade serve justamente para conferir se os padrões e as exigências estão sendo cumpridos.

As etapas do controle de qualidade de filiais são:

  • planejamento dos padrões de qualidade;
  • controle de entrada e saída de recursos e produtos;
  • gestão de processos;
  • ações corretivas;
  • melhoria contínua de processos, produtos e serviços.

Benefícios do controle de qualidade de filiais

Ao adotar uma cultura na empresa que foca na melhoria da qualidade da matriz e suas filiais, o negócio desenvolve vantagens como:

  • mais eficiência no uso de recursos;
  • redução de custos operacionais, administrativos e financeiros;
  • diminuição de falhas;
  • ganho de produtividade com a otimização dos processos;
  • tomada de decisão mais ágil e certeira;
  • aumento da satisfação e da fidelização dos clientes;
  • possibilidade de identificar riscos;
  • mais vendas e lucratividade.

O que considerar no controle de qualidade?

De todo modo, existem fatores em comum para as marcas administrarem suas filiais.

Entre eles, destacamos o cumprimento dos padrões e das regras estabelecidas pela matriz, a otimização de processos operacionais e a satisfação dos clientes. Afinal, os consumidores são o termômetro que mede o desempenho de uma loja e a qualidade dos produtos vendidos.

Porém, o que considerar no controle de qualidade varia conforme o tipo de varejo, seu setor de atuação e modelo de negócio.

No segmento alimentício, por exemplo, o controle de qualidade precisa incluir desde a avaliação do armazenamento dos insumos até a entrega do prato (ou produto) ao cliente.

É fundamental garantir a segurança alimentar, logo, todos os processos que envolvem o recebimento, o armazenamento, a produção e a entrega da comida ao público precisam de monitoramento e padronização para evitar erros.

Outro exemplo são os pontos ligados ao controle de qualidade da contabilidade das filiais, como políticas e processos que garantem a conformidade das normas contábeis e fiscais e a padronização de relatórios financeiros.

Leia também: Gestão de lojas e PDVs: estratégias para elevar a sua performance

Como gerenciar filiais de forma eficiente?

O gerenciamento de filiais é um processo contínuo, afinal, se a ideia é abrir novas unidades da marca para atrair novos públicos, vender mais, gerar competitividade e expandir o negócio, é fundamental monitorar o desempenho de cada loja. Se uma for mal, impacta diretamente os resultados da matriz.

Separamos o passo a passo de como gerenciar filiais com foco em melhorar os resultados, confira!

  1. Crie um planejamento estratégico

O primeiro passo é realizar uma análise profunda de todos os processos operacionais da matriz e suas filiais, inclusive sobre como acontece a troca de informações, para ter uma visão sistêmica de todo o negócio.

A partir da coleta e análise dos dados, é possível entender as particularidades de cada filial e, então, definir um planejamento estratégico de controle de qualidade que englobe todas as unidades e suas diferenças.

O processo deve incluir o objetivo do controle de qualidade, uma listagem das unidades com resumo de seu desempenho e suas características locais, além de:

  • metas de cada uma;
  • os recursos disponibilizados;
  • os riscos envolvidos;
  • as oportunidades de negócios;
  • os indicadores de desempenho acompanhados;
  • estratégias de controle, como monitoramento dos resultados e visitas presenciais.
  1. Padronize processos, produtos e serviços

Para manter a qualidade operacional e de atendimento da marca em suas unidades espalhadas pelo país, é fundamental padronizar processos, produtos e serviços. 

Esta prática é muito conhecida no setor de franchising, no qual a franquia deve seguir à risca as regras e diretrizes da marca franqueadora.

Logo, analise cada processo e estabeleça um procedimento operacional padrão, conhecido pela sigla POP, documento que descreve o passo a passo para realizar qualquer operação.

A padronização ajuda a garantir a qualidade, a segurança e o cumprimento de normas legais e regulatórias de órgãos governamentais. Além, claro, de facilitar a gestão do empresário e a análise dos resultados.

  1. Treine e capacite gestores e colaboradores

O treinamento e os programas de capacitação de gerentes de filiais e seus colaboradores são a peça-chave para o sucesso de uma loja. Afinal, como eles saberão o que devem fazer? 

Os padrões e as regras devem ser devidamente apresentados a todos, assim como os valores e a cultura do negócio.

Porém, além disso, para elevar a qualidade do trabalho, ofereça programas de capacitação regulares para desenvolver habilidades técnicas e comportamentais que somam à execução das tarefas e ao desempenho da empresa.

  1. Melhore a comunicação com as filiais

Uma boa gestão só acontece se a comunicação entre os envolvidos for eficiente, contínua e objetiva. 

Para facilitar, aproveite a tecnologia, como o envio de e-mails regulares, o uso de um sistema de gestão integrado, uma ferramenta corporativa de mensagens e até mesmo o WhatsApp.

A ideia é entender os canais de comunicação mais eficientes para facilitar o fluxo de informações e o engajamento dos gestores e das equipes.

  1. Monitore os resultados e faça auditorias

Como saber se as estratégias de controle de qualidade estão gerando resultados? Acompanhando os indicadores de desempenho selecionados no planejamento.

As métricas podem ser o volume de vendas, o faturamento da unidade, os custos mensais, a satisfação dos clientes, o retorno sobre o investimento (ROI), entre outras.

Além disso, aconselhamos realizar auditorias e inspeções regulares para garantir a conformidade com os padrões operacionais.

  1. Peça feedback e aplique melhorias 

Outra forma de melhorar o controle de qualidade é pedir feedbacks aos gestores e colaboradores das filiais para identificar se algum processo precisa de mudança completa ou parcial.

Ao reunir dados dos resultados de desempenho e o feedback dos envolvidos em cada unidade, é possível aplicar, na prática, a cultura de melhoria contínua, isto é, aprimorar ou criar estratégias com base em informações realistas e concretas.

Aproveite e acompanhe a seguir quais estratégias usar na gestão de filiais!

As melhores práticas de gestão de filiais

1 – Escolha um modelo de contabilidade entre matriz e filiais

A abertura de uma nova unidade é uma tomada de decisão muito importante, pois implica o crescimento do negócio e de sua vantagem competitiva.

Isso significa que as estratégias funcionam e, portanto, melhorar a participação no mercado é a chance de maximizar os resultados e potencializar as vendas.

Embora a filial concentre um poder de representatividade e validade jurídica, é a matriz que direciona as atividades da subordinada

Entretanto, não pense que essa relação de atribuições gera dependência financeira, porque a filial é a responsável pela administração total de tudo o que se gera por meio dela.

No aspecto das finanças, há duas possibilidades de implementar a contabilização — centralizada e descentralizada —, portanto, é importante conhecer cada uma das formas, a fim de adotar a metodologia mais adequada.

Você não precisa escolher apenas um modelo, mas pode adequá-los segundo as particularidades da organização. Para entender melhor, conheça as vantagens e desvantagens das finanças centralizadas e descentralizadas entre matriz e filiais.

Modelo centralizado

A centralização ocorre quando a matriz realiza os levantamentos contábeis e efetua a apuração dos resultados. Nesse caso, é possível separar as contas das filiais, bem como analisar cada ponto da área financeira.

É um processo que envolve todas as informações da empresa, o que facilita na hora de contabilizar o recolhimento de impostos ou até mesmo agregar nas ações de redução de custos operacionais, por exemplo.

Vantagens
  • Deliberação feita pela pessoa mais capacitada.
  • Possibilidade de redução de custos.
  • Cooperação com outros tomadores de decisão.
Desvantagens
  • Falta de conhecimento da realidade das filiais.
  • Maior investimento em canais de comunicação entre matriz e filiais.
  • Contato restrito com os julgadores.
  • Demora na tomada de decisão.
  • Chances de equívocos na comunicação.
  • Possíveis problemas em processos de fiscalização ou dificuldade na hora de apresentar os registros contábeis das filiais.

Modelo descentralizado

No modelo descentralizado, a própria filial realiza os lançamentos contábeis, a partir da separação de um centro de custo específico, estabelecido pela matriz. Desse jeito, a unidade tem a chance de integrar os números à contabilidade da sede, posteriormente.

Porém, mesmo assim, as normas contábeis determinam que as identificações das transações, entre matriz e filiais, devem ser individuais. E aquilo que não é de competência da sucursal, automaticamente, se direciona para as responsabilidades da central.

Vantagens
  • Motiva a equipe responsável, no que tange às tomadas de decisão.
  • Confere mais agilidade aos processos.
  • Permite ganho de experiência.
  • Centraliza as informações contábeis e financeiras.
Desvantagens
  • Desalinhamento entre os departamentos.
  • Possível perda de tempo e dinheiro.
  • Investimento alto em treinamentos.
  • Divergências nas políticas e operações adotadas.
  • Possibilidade de retaliações contra a matriz.

A matriz também pode adotar a descentralização parcial, ou seja, direcionar total ou parcialmente algumas contas para as filiais.

No entanto, a melhor maneira de contornar os contratempos é alinhar o modelo de gestão financeira, porque a padronização é uma forma de manter o controle de qualidade sobre os procedimentos.

2 – Estreite o relacionamento entre matriz e filiais

Como vimos, a probabilidade de descompassos entre matriz e filiais é grande. Para contornar o caso, você precisa estabelecer um contato com cada uma das unidades para manter as informações atualizadas e aproximar os gestores regionais e seus colaboradores.

Nesse caso, a tecnologia é uma grande aliada no estreitamento de relacionamento, afinal, além do telefone fixo ou do e-mail, podemos estabelecer contatos via chat, teleconferências, Skype, Zoom, WhatsApp ou Slack.

Converse sempre com os gerentes regionais para entender as oportunidades e os desafios enfrentados, pois, quanto mais você reunir referências sobre a realidade vivida por eles, melhores serão as tomadas de decisão. 

Mantenha uma regularidade nas visitas e invista em treinamentos para ficar mais fácil capacitar o intermediário e obter informações mais precisas. Lembramos que ter uma pessoa de confiança para compartilhar os acontecimentos nas filiais ajuda a manter a qualidade e o padrão das atividades.

3 – Invista em gestão automatizada e centralizada

Ter um corpo e vários outros órgãos em funcionamento exige uma administração eficiente do desempenho de cada um. Por isso, a automatização dos processos é um recurso essencial para manter a casa em ordem.

Sabemos que concentrar os dados, processos e documentos atualizados, sem comprometer a produtividade, é um grande desafio ao lidar com as determinações da matriz e as demandas das filiais.

Nesse sentido, a adoção de softwares é uma atitude inteligente para otimizar os recursos, o tempo, a produtividade e a comunicação, bem como os processos.

Cuidar de uma empresa em crescimento, ao mesmo tempo, garantir o controle de filiais não é uma tarefa para fazer manualmente, pois o risco de tudo se perder pelo caminho é considerável. Ainda bem que a tecnologia nos auxilia em cada passo da expansão.

Facilite a gestão de filiais com o F360 Finanças

O F360 Finanças, por exemplo, é um sistema que permite controlar a qualidade e o desempenho de variadas marcas, lojas e canais de vendas em uma única plataforma. 

Com processos automatizados, os gestores facilitam a análise e o acompanhamento da performance de cada unidade, ao identificar oportunidades de melhorias para ajudar o gerente de filiais, por exemplo, a criar estratégias com mais retorno financeiro.

Em um único sistema, o F360 Finanças reúne dados e operações, como gestão do fluxo de caixa e de contas a pagar/receber, e possibilita automatizar a conciliação bancária e de cartões e a elaboração de demonstrativos financeiros.

Saiba como o F360 Finanças funciona na prática: agende uma demonstração gratuita e dê o primeiro passo para transformar os resultados da matriz e suas filiais! 

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Escrito por:

Henrique Carbonell

CEO & CoFounder at F360 - Franchisee at O Boticário. Formado em Administração de Empresas pela Fundação Alvares Penteado - FAAP e pelo Ibmec Business School / IBMEC - SP.

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