Por Weruska Goeking, Valor Investe — São Paulo
A quantidade de vendas realizadas em lojas físicas no país caíram 21,73% no mês passado na comparação com setembro de 2018 e o valor faturado foi 18,45% menor no período, aponta levantamento realizado em conjunto pela FX Retail Analytics, especializada em monitoramento de fluxo para o varejo, e F360º, plataforma de gestão de varejo para franquias, e pequenos e médios varejistas.
A queda nas vendas é decorrente do menor número de consumidores que passaram pelas lojas físicas em setembro.
“Com menos pessoas circulando nas lojas, naturalmente haverá menos transações concluídas. O mês de setembro não possui um atrativo aos consumidores (Dia da Mães, dos Pais, dos Namorados ou da Criança) para justificar possíveis gastos, como deverá acontecer a partir de outubro, por exemplo”, comenta Henrique Carbonell, sócio-fundador da F360°.
Já em outra medida apurada no levantamento, que trata do fluxo de visitantes na comparação com setembro de 2018, apenas a região Centro-Oeste teve desempenho positivo, com aumento de 6,67%. As regiões Sudeste (-2,53%), Nordeste (-2,60%), Norte (-3,45%) e Sul (-4,41%) tiveram números negativos. Assim, a média do desempenho nacional caiu 2,58%.
“Os dados mostram a dificuldade que as lojas possuem de se recuperarem da instabilidade econômica. Poucos segmentos conseguem ter uma variação positiva em relação ao ano passado. A expectativa é que a proximidade do fim de ano possa estimular o consumo e, consequentemente, o fluxo de visitantes”, explica Flávia Pini, diretor de marketing da FX Retail Analytics.
Eletrônicos em alta
As lojas físicas de eletrônicos mostram que estão em recuperação no cenário nacional.
Depois do bom desempenho em agosto, o segmento registrou um novo aumento no fluxo de visitantes em setembro na comparação com o mesmo período de 2018.
No total, o setor de eletrônicos cresceu 18,64% e foi o destaque entre as lojas. Na comparação com o ano passado, apenas o segmento “ótica” registrou crescimento, com variação de 1,36%.
As demais categorias analisadas que registraram queda foram “chocolateria” (-1,11%), “beleza” (-2,30%), “moda” (-2,89%), “utilidades domésticas” (-3,41%) e “calçados” (-8,46%), que teve o pior desempenho.
“Com a Semana do Brasil, segmentos que apostaram mais na data, tiveram melhores resultados. É o caso de eletroeletrônicos que cresceu quase 20% por conta de ter ativado uma nova data no calendário promocional, o que reforça a importância de datas sazonais, para trazer novos clientes às suas lojas”, afirma Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).
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